quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Terceiro Bimestre

 

ESCOLA ESTADUAL “BENEDITO CALIXTO”

NOME:                                                                                                                              SÉRIE:

Prof.ª PAULA         BIOLOGIA                                DATA:                                     NOTA:

3oBimestre

11A à 17A ATIVIDADES (EAD – 3oAno)

Data: 27/07/2020 até 16/10/2020

    Roteiro de estudos dirigidos

    Realizem a leitura dos resumos

    Transcreva o resumo para os seus cadernos

    Assistam às videoaulas sobre o assunto 

    Bons estudos 😉

Reino Animalia - Aspectos Gerais

O Reino Animalia ou Metazoa compreende os seres eucariontes, pluricelulares e heterótrofos por ingestão.

Noções básicas de embriologia animal

            Embriologia é o ramo das ciências biológicas que estuda a formação e o desenvolvimento do embrião.

Formação dos folhetos embrionários: Nos animais, logo após a formação da célula-ovo ou zigoto, verifica-se a ocorrência de inúmeras divisões celulares mitóticas, processo chamado de segmentação ou clivagem. Forma-se um maciço celular denominado mórula, constituído por células chamadas de blastômeros.

            Em seguida, enquanto as divisões celulares vão se processando, a mórula pode ser invadida por um líquido que promove o deslocamento dos blastômeros para a periferia, como ocorre por exemplo, na espécie humana. Forma-se assim, a blástula, estrutura que apresenta dois componentes; uma cavidade denominada blastocele, cheia de líquido, e uma camada celular denominada blastoderme.

            A blástula passa, então, por uma série de transformações, originando a gástrula. Esse estágio embrionário caracteriza-se pela formação dos folhetos embrionários. No final do processo, podem ser reconhecidos dois folhetos embrionários: a ectoderme e a mesentoderme.

            A cavidade delimitada pela mesentoderme é denominada arquêntero ou intestino primitivo; o orifício de abertura do arquêntero é chamado de blastóporo.

            Em um estágio mais adiantado do desenvolvimento da gástrula, ocorre o seguinte:

  • a região dorsal passa por um processo de achatamento, formando a placa neural;
  • da placa neural origina-se o tubo neural, onde se desenvolverá o sistema nervoso;
  • ao mesmo tempo, a mesentoderme se diferencia em mesoderme  e endoderme, configurando a presença de três folhetos embrionários: a ectoderme, a mesoderme e a endoderme.

            A mesoderme - células que forram o teto do arquêntero - origina:

  • os somitos - bolsas cuja cavidade é chamada de celoma;
  • um eixo de sustentação contínuo, chamado de notocorda.

Classificação dos animais pelo desenvolvimento embrionário

  • Diblásticos e triblásticos: Considera o número de folhetos embrionários.

            Diblástico ou diploblástico: São os animais que possuem apenas dois folhetos embrionários (ectoderme e endoderme). Compreendem os poríferos e celenterados.

            Triblástico ou tripoblástico: São os animais portadores de três folhetos embrionários (ectoderme, mesoderme e endoderme). Compreendem os demais organismos do reino animal: platelmintos, nematóides, anelídeos, artrópodes, moluscos, equinodermos e cordados.

  • Protostômios e deuterostômios: Na fase de gástrula, o embrião é dotado de uma abertura denominada blastóporo que comunica o arquêntero com o meio externo. O tipo de abertura originada pelo blastóporo define a classificação dos animais em:

            Protostômios: (do grego proto, ‘primitivo’; stoma, ‘boca’) - Nesses animais, o blastóporo dá origem à boca. É o caso de platelmintos, nematóides, anelídeos, moluscos e artrópodes.

            Deuterostômios: (do grego, deuteros, ‘secundário’; stoma, ‘boca’) - São os animais cujo blastóporo origina o ânus, ou seja, a boca tem origem secundária surgindo a partir de uma outra abertura situada na extremidade anterior do intestino primitivo. É o que ocorre em equinodermos e cordados.

  • Acelomados, pseudocelomados e celomados:

            O celoma é delimitado pela mesoderme. Ao longo do desenvolvimento embrionário, a cavidade celomática deve abrigar órgãos diversos que podem se dobrar sobre si mesmos, fato que determina um notável aumento em suas superfícies. Em relação ao celoma, os animais triblásticos são classificados em:

            Acelomados: Alguns animais, como os platelmintos, são acelomados, por que neles a mesoderme preenche totalmente o espaço entre a ectoderme e a endoderme. Logo, não possuem celoma.

            Pseudocelomados: Os nematóides são os representantes dos pseudocelomados, uma vez que o celoma deles não é totalmente delimitado pela mesoderme: a cavidade celomática é em parte delimitada pela mesoderme e em parte pela endoderme.

            Celomados: Somente a partir dos anelídeos os animais são celomados, isto é, dotados de uma cavidade celomática totalmente revestida pela mesoderme.

  • A classificação animal pela temperatura corpórea:

            Pecilotermos (exotérmicos) - ou ainda heterotermos, são animais em que a temperatura do corpo oscila de acordo com as variações de temperatura do ambiente, já que são destituídos de um sistema termorregulador eficiente. É o caso dos invertebrados, dos peixes, dos anfíbios e dos répteis.

            Endotérmicos (homeotermos) - dotados de um sistema termorregulador eficiente, os homeotermos são animais capazes de manter a temperatura corporal constante, mesmo quando varia a temperatura ambiental. Seus representantes são as aves e os mamíferos.

            A homeotermia requer uma série de adaptações morfofisiológicas capazes de garantir uma temperatura corpórea compatível com uma atividade enzimática ótima. Isso permite ao animal um desempenho metabólico adequado e contínuo, fato que favorece a exploração com grande eficácia dos recursos disponíveis no ambiente em que vive.

            Entre as adaptações morfofisiológicas requeridas pela homeotermia, destacamos:

  • presença de penas e de pelos;
  • presença de tecido conjuntivo adiposo;
  • presença de glândulas sudoríparas;
  • a ação de vasos sanguíneos periféricos.

Reino Animalia (II): Poríferos, Cnidários, Platelmintos e Nematelmintos

            Poríferos

Os poríferos, ou esponjas, são animais aquáticos, predominantemente marinhos, sésseis, podem ou não formar colônias de coloração variável. São pluricelulares, mas não formam tecidos bem definidos. Suas células exibem certa divisão de trabalho, mas apresentam baixo grau de interdependência. Não possuem órgãos e são destituídos de sistemas.

O corpo dos poríferos é dotado de inúmeros poros, por onde a água penetra até alcançar uma cavidade central denominado átrio, ou espongiocele. Após a filtração, a água é expelida por outro poro denominado ósculo.

Externamente, a parede do corpo é revestida por células epidérmicas achatadas denominadas pinacócitos. Internamente, a parede é revestida pelos coanócitos, células flageladas características dos poríferos. O batimento dos flagelos dos coanócitos promove um fluxo contínuo de água que penetra pelos poros do corpo e alcança o átrio. Em seguida, os coanócitos efetuam a filtração da água, capturando microrganismos e partículas alimentares nela presentes. O alimento é então digerido no interior de vacúolos digestórios. Assim, os poríferos apresentam digestão intracelular e são, portanto, animais filtradores, que retiram da água alimento além do gás oxigênio necessário para a respiração celular.

A estrutura intermediária, entre os pinacócitos e coanócitos é preenchida pelo mesênquima, estrutura gelatinosa que contém inúmeras células livres, os amebócitos.

Os amebócitos capturam partículas semidigeridas pelos coanócitos, complementam a digestão intracelular e promovem a distribuição de nutrientes. Certos tipos de amebócitos produzem espongina, espículas de carbonatos de cálcio ou sílica, que se prestam a sustentação do corpo.

A reprodução dos poríferos pode ser Sexuada, com a união dos gametas e formação do zigoto que origina uma larva ciliada (anfiblástula). A larva natante sai do corpo da esponja e depois de algum tempo se fixa a um substrato, originando uma esponja adulta. A reprodução pode ser também Assexuada, por brotamento ou gemulação.

As esponjas possuem um alto poder de regeneração o que demonstra o baixo grau de interdependência e diferenciação de suas células. Minúsculos fragmentos do corpo são capazes de originar um indivíduo inteiro.

 

Cnidários

São animais aquáticos, predominantemente marinhos, que podem nadar livremente ou viver fixos no fundo do mar, rios, sozinhos ou formando colônias.

Os integrantes desse grupo são todos predadores. São animais diblásticos com simetria geralmente radial, os cnidários compreendem as hidras, as águas-vivas, os corais, as anêmonas, entre outros exemplos.

O corpo dos cnidários é dotado de uma única abertura que funciona como boca e ânus. Essa abertura fica em contato com a cavidade gástrica, estrutura que aparece pela primeira vez na escala evolutiva animal. Apresentam digestão extra e intracelular e células nervosas que, em conexão com outras células, determinam o surgimento de um mecanismo sensitivo-neuromotor que também aparece pela primeira vez na escala evolutiva dos animais.

As células características dos cnidários ou celenterados são os cnidócitos. Trata-se de células epidérmicas modificadas que promovem a defesa do animal e contribuem  para a captura de alimentos. O cnidócito é dotado de uma cápsula denominada nematocisto, que abre em seu interior um tubo filamentoso portador de um líquido urticante; contém um cílio urticante que funciona como um “gatilho”: ao ser estimulado, o nematocisto dispara o filamento urticante, injetando o veneno no corpo da vítima, que pode causar-lhe ferimentos ou mesmo a morte.

Em relação à estrutura, os cnidários abrangem a forma de pólipo: corpo tubular com duas extremidades, uma fechada e fixa ao substrato e, a outra, contém a boca, geralmente circundada por tentáculos e, temos as medusas que apresentam o corpo em forma de guarda-chuva, a boca localiza-se na região central da superfície côncava e tentáculos pendentes. São móveis e de corpo gelatinoso. O deslocamento se dá por jato propulsão: contrações do corpo do animal determinando a rápida expulsão de água acumulada e formando um jato que permite o deslocamento da medusa no sentido oposto.

Apresentam reprodução assexuada por brotamento e muitas espécies reproduzem-se por metagênese, ou alternância de gerações. Nesse caso, a fase assexuada é representada pela forma medusóide, enquanto a fase assexuada é representada pela forma poliplóide.

 

Platelmintos

Os platelmintos são vermes geralmente achatados dorsiventralmente. Assim, a superfície do corpo é consideravelmente maior do que o volume, fato que acarreta evidentes vantagens para o animal na aquisição e distribuição de gases respiratórios, compensando a ausência de sistemas respiratório e cardiovascular no grupo.

Podem ter vida livre e são encontrados na água doce e salgada ou em terra úmida; muitos são parasitas e causam doenças graves o ser humano e em outros animais.

Na escala evolutiva animal, são os primeiros animais a apresentar simetria bilateral. Acompanhando esse tipo de simetria surge um processo de cefalização, em que se verifica concentração de estruturas sensoriais na cabeça.

Os platelmintos são animais triblásticos, acelomados com sistema digestório incompleto, pois é destituído de ânus.

A excreção é feita por células ciliadas denominadas células-flama ou protonefrídeos.

Entre os platelmintos existem espécies monóicas e dióicas.

Como exemplos de platelmintos parasitas que causam prejuízos aos seres humanos nós temos o Schistosoma mansoni, que causa a esquistossomose ou barriga d’água; e a Taenia solium  e a Taenia saginata, que causam a teníase e a cisticercose.

 

Nematóides

Os nematóides ou nematelmintos, são vermes dotados de corpo cilíndrico e alongado, não segmentado e afiliado nas extremidades. Esses animais podem vida livre em ambientes terrestres ou aquáticos, mas muitos deles são parasitas de plantas e animais diversos, inclusive o ser humano.

Geralmente são pequenos, mas alguns representantes podem ter um metro de comprimento. O corpo desses animais é dotado de uma cutícula protetora envolvente de grande resistência que confere proteção contra o atrito com as partículas do solo, no caso dos de vida livre, e, também, protege o animal contra agentes químicos produzidos pelo hospedeiro, no caso dos parasitas.

Embora não possuam sistemas respiratório e cardiovascular, o sistema digestório é completo, fato verificado pela primeira vez na escala evolutiva animal.

A reprodução nos nematóides é sempre sexuada e a maioria deles é dióica. Os ovos são muito resistentes as adversidades ambientais e as larvas são destituídas de cílios e flagelos.

Entre os nematóides que podem parasitar os seres humanos, destacam-se os seguintes: Ascaris lumbricoides (Ascaridíase), Ancylostoma duodenale (Amarelão), Enterobius (Oxyurus) vermiculares (Oxiurose) e Wuchereria bancrofti (Elefantíase).

Reino Animalia (III): Anelídeos, Artrópodes, Moluscos e Equinodermos            

Anelídeos

            Encontrados em ambientes terrestre, marinho e dulcícola, os anelídeos são vermes de corpo cilíndrico, alongado e dividido em anéis (metâmeros).

            São exemplos de anelídeos as minhocas, as sanguessugas e as nereidas.

            Possuem simetria bilateral, são triblásticos e celomados. A cavidade celômica possui um líquido que atua como veículo de transporte de nutrientes, gases e resíduos do metabolismo entre o sistema cardiovascular e as células do organismo.

            O corpo dos anelídeos é revestido por um tecido epitelial simples, que secreta uma cutícula delicada, protegendo o organismo contra a desidratação. A parede do corpo contém uma musculatura bem desenvolvida e capaz de permitir o movimento do animal.

            Muitos anelídeos são  dotados de cerdas quitinosas, estruturas existentes na parede do corpo que, expandindo-se e retraindo-se, conferem respectivamente, aspecto liso e áspero ao animal. A maioria dos anelídeos tem respiração cutânea, isto é, as trocas gasosas entre o organismo e o ambiente são efetuadas através da pele. Mas alguns representantes aquáticos respiram através de brânquias.

            Nos anelídeos surge o sistema cardiovascular ou circulatório, pela primeira vez na escala evolutiva dos animais. Possuem sistema digestório completo e a excreção é denominada por estruturas denominadas nefrídeos, que eliminam excretas através de poros que se abrem na superfície do corpo.

            Os anelídeos se classificam em Poliquetas, Oligoquetas e Aquetas.

            Os poliquetas são animais marinhos, em sua maioria e podem viver livremente, enterrados na areia ou no interior de tubos calcários que secretam. Os poliquetas de vida livre são errantes e predadores, com cabeça que exibe órgãos sensoriais representados por olhos e tentáculos. Em cada anel, esses animais possuem um par de apêndices denominados parapódios, que são associados à locomoção, pois é aí que se inserem inúmeras cerdas. Os poliquetas fixos exibem na cabeça filamentos branquiais que efetuam trocas gasosas e se prestam à captura de alimentos. São dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.

            As oligoquetas, como a minhoca, são animais terrestres ou dulcícolas, com fecundação externa e desenvolvimento direto, sem produção de larvas. As cerdas, menos numerosas que nos poliquetas, são curtas e implantadas diretamente em cada segmento do corpo.

            Também chamados de hirudíneos, os aquetas são destituídos de cerdas e representados pelas sanguessugas, vermes terrestres ou aquáticos, monóicos e com desenvolvimento direto. As sanguessugas podem ser predadoras de pequenos invertebrados ou parasitas. As  espécies parasitas fixam-se no hospedeiro por meio de ventosas. Então, por meio de pequenos dentes, raspam a pele da vítima, provocando hemorragia e sugando o sangue liberado. A saliva contém uma substância denominada hirudina, com ação anticoagulante.

 

Artrópodes

            Os artrópodes são dotados de pernas articuladas, daí sua denominação. Constituem o mais vasto grupo zoológico, abrigando cerca de 1 milhão de espécies conhecidas e adaptadas para a vida na terra, no solo, em água doce e salgada.

            Os artrópodes têm pernas articuladas, com juntas móveis, são triblásticos, celomados e dotados de simetria bilateral. O corpo desses animais é segmentado e dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome. Pode ocorrer fusão da cabeça com o tórax. E, nesse caso, o corpo apresenta-se dividido em cefalotórax e abdome.

            Os artrópodes são portadores de exoesqueleto que contém quitina. Nos crustáceos, é comum o exoesqueleto apresentar-se impregnado de sais de cálcio. Esse exoesqueleto limita o crescimento do animal. Por isso, ocorrem mudas ou ecdises.

            Os artrópodes apresentam sistema digestório completo e a excreção ocorre por diversas estruturas, conforme o grupo. Nos insetos, são pelos túbulos de Malpighi; nas aranhas pelas glândulas coxais; nos crustáceos, pelas glândulas verdes. A respiração pode ocorrer por meio de brânquias, traquéias ou pulmotraquéias.

            Os artrópodes são geralmente dióicos, com sexos separados. A fecundação é geralmente interna e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto.

            Compreendem:

·         Insetos: como traça, piolho, mosca, borboleta, joaninha.

·         Crustáceos: como camarão, siri, lagosta e cracas.

·         Aracnídeos: como aranha, escorpião, carrapato.

·         Quilópodes: centopeia, ou lacraia.

·         Diplópodes: embuá, ou piolho-de-cobra.

 

Moluscos

            Os moluscos compreendem mais de 100 mil espécies que se espalham pelos mais variados tipos de ambientes. Em sua maioria, vivem no mar, fixos sobre as rochas (ostras e mariscos), nadando ativamente (polvos e lulas) ou enterrados na areia (dentálios). Há, porém, algumas espécies dulcícolas, como o caramujo Biomphalaria, e algumas espécies terrestres, que vivem em locais úmidos (caramujos e lesmas).

            São animais triblásticos e de simetria bilateral. Possuem corpo viscoso, mole e não segmentado, geralmente envolvido por uma concha calcaria. As lesmas e os polvos não têm conchas. As lulas apresentam uma concha interna, pequena e transparente, denominada pena. O corpo de um molusco é constituído de três partes: cabeça, pé e massa visceral.

            Na maioria dos moluscos a massa visceral é recoberta por uma prega epidérmica carnosa chamada manto ou pálio, responsável pela produção da concha calcária. Entre o manto e a massa visceral existe um espaço denominado cavidade do manto, que desempenha funções respiratórias, abrigando brânquias (nos moluscos aquáticos) ou pulmões rudimentares (nos caracóis terrestres).

            A boca exibe uma língua provida de dentículos que se prestam a ralar os alimentos. Essa língua, denominada rádula, constitui uma estrutura exclusiva dos moluscos, estando ausente apenas na classe Pelecypoda (ostras e mariscos), que são animais filtradores.

            A respiração pode ser cutânea (lesmas), branquial (mexilhões) ou pulmonar (caramujos terrestres). O sistema digestório é completo.

            A maioria dos moluscos é dióica e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto.

 

            Equinodermos

            Os equinodermos constituem um grupo de animais exclusivamente marinhos. São animais de vida livra, carnívoros ou detritívoros, dotados de um endoesqueleto calcário, muitas vezes provido de espinhos salientes. Entre os equinodermos estão as estrelas-do-mar, os pepinos-do-mar e os ouriços-do-mar, entre outros exemplos.

            São animais triblásticos e celomados. Suas larvas exibem, primariamente, simetria bilateral, mas, á medida que vão se transformando, surge, secundariamente a simetria radial na maioria das formas adultas. Destituídos de cabeça e desprovidos de segmentação, os equinodermos são geralmente bentônicos.

            Uma das características mais marcantes dos equinodermos é a presença de um complexo sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado  sistema ambulacrário. Esse sistema relaciona-se com a locomoção, secreção, respiração, circulação e até mesmo com a percepção do animal.

            O sistema ambulacrário começa com a placa madrepórica, geralmente de localização dorsal, por onde a água do mar penetra. Em seguida, a água alcança uma série de canais e, por eles, atinge os pés ambulacrários, que são cilindros fechados que se estendem para o meio externo através de poros existentes no esqueleto. Os pés ambulacrários são dotados de paredes musculares e de ampolas que acumulam líquidos, as variações de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina com o deslocamento do animal.

            O sistema digestório é completo. Não há sistema excretor especializado; as excretas são eliminados do corpo por difusão em qualquer superfície exposta à água, mesmo através dos pés ambulacrários.

            Esses animais são dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto; produzem vários tipos de larvas ciliadas.

 

Reino Animalia (IV): Os Cordados

            Cordados

            O filo Chordata (cordados) constitui um grupo zoológico bastante heterogêneo, abrange animais adaptados à vida na água doce, na água salgada e em ambiente terrestres.

            As características diferenciais e exclusivas que permitem o enquadramento de um animal no grupo dos cordados e que estão presentes pelo menos nos primeiros estágios do desenvolvimento embrionário são:

ü  Notocorda ou corda dorsal – bastão fibroso que confere sustentação ao corpo, a notocorda é substituída nos vertebrados, pela espinha dorsal ou coluna vertebral;

ü  Fendas branquiais – pequenos orifícios encontrados na faringe e que se prestam à filtração de alimentos ou a respiração, as fendas branquiais permanecem nos protocordados e nos peixes adultos; nos outros grupos, estão presentes apenas nos embriões, fechando-se no decorrer do desenvolvimento;

ü  Tubo nervoso dorsal – nos grupos zoológicos estudados até agora, o sistema nervoso, quando existe, apresenta-se basicamente como um cordão nervoso duplo, localizado na porção ventral do animal; nos cordados, o sistema nervoso ocupa posição dorsal e apresenta-se como um tubo nervoso longitudinal e único.

O filo Chordata divide-se em três subfilos:

·         Urochordata (urocordados), ou Tunicata (tunicados);

·         Cephalochordata (cefalocordados);

·         Euchordata (eucordados), ou Vertebrata (vertebrados).

 

Protocordados

            Os protocordados constituem um grupo de pequenos animais marinhos e têm certas características que permitem estabelecer diferenças entre eles e os vertebrados. Assim, não apresentam crânio, pertencendo, portanto, ao grupo Acraniata; não têm encéfalo e são destituídos de coluna vertebral.

Subfilo Urochordata – Os urocordados, ou tunicados, são representados principalmente pelas ascídias, animais que tem o corpo saculiforme. As ascídias adultas são sésseis e vivem fixas ao substrato como rochas e conchas. A notocorda é verificada apenas nas larvas desses animais e reduzida à região caudal.

Subfilo Cephalochordata – Os cefalocordados são representados pelos anfioxos, animais que tem o corpo achatado bilateralmente e notocorda bem desenvolvida da cabeça até a cauda, mesmo na fase adulta. Lembrando um peixe, o anfioxo é capaz de nadar, embora geralmente permaneça escondido na areia do mar. Esses animais, assim como as ascídias, são filtradores: retira da água detritos orgânicos que são retidos na faringe.

  Hemicordados: um grupo à parte: Os hemicordados, como o Balanoglossus gigas, são animais marinhos com o corpo cilíndrico e vermiforme. Na região anterior do corpo existe uma tromba, ou probóscide, que permite a escavação de buracos na areia. O tronco é longo e exibe inúmeras fendas na faringe. Nutrem-se geralmente de detritos orgânicos, encontrados sob pedras na areia. Os hemicordados já foram classificados como um subfilo dos cordados. Atualmente, não são considerados cordados e constituem um filo à parte.

Eucordados

            A característica distintiva dos eucordados é a presença de espinha dorsal, ou coluna vertebral. Os vertebrados possuem também um esqueleto dotado de caixa craniana, que envolve e protege o encéfalo, massa nervosa situada na cabeça e integrante do sistema nervoso central – daí o nome Craniata (craniados) aplicado aos animais desse grupo. O esqueleto pode ser cartilaginoso ou ósseo.

            A pele dos vertebrados tem epiderme pluriestratificada. A circulação sanguínea é fechada, sempre com um coração dotado de duas ou mais cavidades, e a excreção se efetua por rins. Este subfilo se divide em diversas classes. Vamos ver as principais características delas:

Classe Cyclostomata: Os ciclostomados são assim chamados por serem portadores de boca circular, situada na região ventral e anterior do corpo. O corpo é alongado, cilíndrico e desprovido de escamas. Os animais dessa classe têm dois representantes: a lampreia e a feiticeira.

            Os ciclostomados são destituídos de mandíbulas e de vertebras típicas. A caixa craniana e as vertebras são cartilaginosas. Apresentam respiração branquial, possuindo de seis a catorze pares de brânquias.

Superclasse Pisces: Animais aquáticos, os peixes têm o corpo geralmente fusiforme e dotado de nadadeiras, o que constitui uma adaptação para a natação. Contribui também para a locomoção na água a presença de glândulas mucosas na pele que secretam e eliminam na sua superfície  um muco capaz de proteger o animal contra certos ectoparasitas e de diminuir o atrito do corpo com a água. Além disso, os peixes em geral são dotados de musculatura segmentada no tronco, fato que permite a eles realizar ondulações, favorecendo a natação.

            Os peixes são gnatostomados, isto é, apresentam mandíbulas. A presença de mandíbulas contribui para a captura de presas. São pecilotermos, o que significa que a temperatura do corpo oscila de acordo com as variações de temperatura do meio. A respiração é branquial – as brânquias são filamentos delicados, providos de vasos que recolhem o gás oxigênio dissolvido na água. O coração é dotado de duas câmaras. Nos dois lados do corpo há uma estrutura sensorial denominada linha lateral que é constituída por uma fileira de poros que se comunicam com um canal subcutâneo. Neste canal existem células sensoriais que permitem a percepção de vibrações e de pressão da água, variável de acordo com a profundidade. Assim, os peixes conseguem não só detectar a presença de presas ou de predadores, mas também locomover-se na escuridão ou em águas turvas.

            A superclasse Piscis se divide em duas classes:

ü  Chondrichthyes – peixes cartilaginosos;

ü  Osteichthyes – peixes ósseos.

Representados por animais como o tubarão e a arraia, os peixes cartilaginosos vivem principalmente em água salgada. O esqueleto cartilaginoso relativamente leve e o elevado teor de óleo no fígado contribuem para reduzir a densidade do corpo desses animais, facilitando a natação. Os peixes cartilaginosos possuem cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo que permite a entrada da água que banha as brânquias. Nos peixes cartilaginosos, a boca é ventral e o intestino termina em uma cloaca, isto é, uma bolsa onde convergem os dutos finais dos sistemas digestório, urinário e genital; nesses peixes, contém uma dobra chamada troflosole ou válvula espiral, que aumenta a superfície de absorção de alimentos.

Os peixes ósseos constituem o grupo de vertebrados que abriga o maior número de espécies. Compreendendo inúmeros representantes, como o robalo, a tainha, o dourado, o pintado, o cavalo-marinho e a manjuba, esses peixes são abundantes tanto em água doce quanto em água salgada.

Os peixes ósseos possuem quatro pares de fendas branquiais e não tem espiráculo. Neles, as brânquias são protegidas por uma placa que fica atrás dos olhos, chamada opérculo. Nos peixes cartilaginosos, não há opérculo, as brânquias são descobertas. Em muitas espécies de peixes ósseos existe um saco armazenador de gases, a bexiga natatória. Essa estrutura, ausente nos peixes cartilaginosos tem função hidrostática, isto é, promove o ajustamento de densidade do animal de forma que fique próxima à da água favorecendo a flutuação e contribuindo para a economia energética.

Nos peixes ósseos a boca é anterior e o intestino termina no ânus. Não há cloaca.

Os órgãos locomotores de todos os peixes são as nadadeiras. Nos peixes ósseos elas são geralmente do tipo homocercas (ramos iguais). Nos cartilaginosos, elas são heterocercas (ramo dorsal mais desenvolvido).

Classe Amphibia: Compreendem atualmente representantes como os sapos, as rãs, as cobras-cegas, as pererecas e as salamandras, entre outros.

            Os anfíbios têm a pele úmida, intensamente vascularizada e pobre em queratina, uma proteína impermeabilizante. Em virtude da carência de queratina, a pela é relativamente permeável. Assim, esses animais têm pouca defesa contra a perda de água para o meio externo e vivem geralmente restritos a ambientes úmidos. A fecundação é geralmente externa e o desenvolvimento é indireto. Os ovos não têm casca protetora e acham-se envoltos por cápsulas gelatinosas. Nos sapos e nas rãs, as larvas são aquáticas e chamadas girinos. Dotados de cauda e brânquias, os girinos sofrem metamorfose e vão se transformando em adultos que tem patas e pulmões.

            Assim, enquanto as larvas dos anfíbios têm respiração branquial, as formas adultas respiram por pulmões rudimentares e pela pele. A respiração cutânea compensa a baixa superfície pulmonar, contribuindo com um suprimento adequado de gás oxigênio para o animal. Os anfíbios são animais pecilotermos.

Classe Reptilia: Os répteis constituem os primeiros vertebrados efetivamente equipados para a vida terrestre em lugares secos. Compreende os crocodilos, os jacarés, as cobras e  as tartarugas, entre outros exemplares.

            A pele seca e rica em queratina é uma característica que contribui para a adaptação dos répteis à vida terrestre, em lugares secos, por protegê-los contra a excessiva perda de água para o meio externo. A pele, destituída de glândulas, pode apresentar escamas (cobras), placas dérmicas (jacaré) ou carapaças (tartaruga). Os répteis são animais pecilotermos, com respiração exclusivamente pulmonar. Os sexos são geralmente separados. A fecundação – independente da água – é interna, permitindo que os gametas fiquem protegidos das influências do meio externo. O desenvolvimento é direto. Os répteis são geralmente ovíparos, isto é, as fêmeas fecundadas põem ovos e os embriões se desenvolvem dentro deles e fora do corpo materno. Os ovos são dotados de casca grossa que os protege contra a  desidratação, o que constitui uma adaptação à vida terrestre.

            Os pulmões dos répteis têm superfície respiratória mais desenvolvida do que a dos anfíbios. Assim, são mais eficientes para promover as trocas gasosas com o sangue e dispensam a função da pele como órgão de respiração.  O principal excreta nitrogenado é o ácido úrico.

Classe Aves: As aves possuem visão e audição aguçadas, que favorecem o acesso a alimentos e o reconhecimento da espécie, principalmente para o acasalamento. Têm pele seca e sem glândulas. Os anexos epidérmicos exclusivos do grupo são as penas, que contribuem para a manutenção da temperatura corpórea e são fundamentais para o voo. Em dias frios, o eriçamento das penas retém uma camada de ar em torno da pele, que é aquecida pelo calor liberado pelo próprio corpo. As penas das aves são mantidas impermeabilizadas à água por uma secreção oleosa produzida pelas glândulas uropigianas, situadas próximas a cauda. São animais homeotermos que mantém a temperatura do corpo constante, ao redor de 400C.

            As aves possuem  sistema digestório completo com boca destituída de dentes. A respiração é pulmonar. Os pulmões emitem sacos aéreos, que armazenam ar e se prolongam pelo interior dos ossos, que, por isso, são chamados de ossos pneumáticos. Os sacos aéreos e os ossos pneumáticos aumentam a capacidade respiratória do animal e facilitam o voo, pois diminuem o peso específico do corpo.

            Os sexos são separados, com fecundação interna, sem larvas. As aves, como a maioria dos répteis, são animais ovíparos. Apresentam cloaca e não tem bexiga urinária; a urina, rica em ácido úrico, é eliminada com perdas mínimas de água. Essas duas adaptações constituem uma adaptação para o voo.

Classe Mammalia: A principal característica desse grupo é a presença de glândulas mamarias desenvolvidas nas fêmeas e que produzem o leite destinado
à alimentação dos filhotes.

            Os mamíferos têm a pele rica em queratina e coberta de pelos. Os pelos, anexos epidérmicos exclusivos dos animais dessa classe, têm a mesma função das penas nas aves, isto é, contribuem para a manutenção da temperatura corpórea. As glândulas sebáceas e sudoríparas são exclusivas da pele dos mamíferos.

            Os mamíferos são homeotermos. Contribui para a homeotermia, entre outras características, a presença de pelos e de glândulas sudoríparas, além do tecido adiposo rico em gordura sob a pele. A respiração é pulmonar, existindo um músculo denominado diafragma, que separa o tórax do abdome. Os pulmões são dotados de grande superfície, garantindo uma eficiente absorção de gás oxigênio e contribuindo para a alta taxa metabólica verificada nesse grupo.

            Os mamíferos são geralmente animais vivíparos, ou seja, os filhotes se desenvolvem dentro do corpo materno e dele recebem alimento. Durante o desenvolvimento embrionário, na maioria dos mamíferos, forma-se a placenta, um anexo relacionado com a nutrição do embrião e que também promove trocas respiratórias, elimina excretas e produz hormônios. A viviparidade contribui para a segurança do embrião em desenvolvimento e facilita o processo de reprodução, além da conquista das mais diversas formas de hábitat.

           Link das videoaulas:

 https://drive.google.com/file/d/1JQSYjZDcVGUMRuF0IF2q2kYmJzKTu3Cr/view?usp=sharing

 https://drive.google.com/file/d/1TRpFNSQjp-IHdQen1lb5vBPsYuzBHa4Z/view?usp=sharing

 https://drive.google.com/file/d/1TTskXaOXG_onpaTtw5STBpUB0g47ek5W/view?usp=sharing

 https://drive.google.com/file/d/12F5Y3ERVLwLzxJGT8X5Ei1aoGXIqx-Lz/view?usp=sharing

            Link das atividades:

 https://forms.gle/KSbKN5HiTRKiwMQV9

 https://forms.gle/BzQsDzNQgMBkL4TT6

 https://forms.gle/M1mr1K9rGibuF1XA9

Terceiro Bimestre

ESCOLA ESTADUAL “BENEDITO CALIXTO”

NOME:                                                                              SÉRIE:

Prof.ª PAULA - BIOLOGIA                                      DATA:                                                                        NOTA:

3oBimestre

11A à 17A ATIVIDADES (EAD – 2oAno)

Data: 27/07/2020 até 16/10/2020

    Roteiro de estudos dirigidos

    Realizem a leitura do resumo

    Copie o resumo no seu caderno

    Assista às videoaulas sobre o assunto 

  Pesquise e responda às duas questões propostas no final do resumo também no seu caderno

    Bons estudos 😉

Mas afinal, o que é um tumor?

          Um tumor tem início quando células até então normais perdem a capacidade de responder ao controle de suas divisões, passam a se dividir anormal e descontroladamente e podem invadir outros órgãos, além daquele de onde se originam. Se o tumor escapa do controle, pode matar a pessoa.                         Habitualmente, o sistema de defesa do organismo reconhece e destrói as células anormais, mas se elas conseguem escapar, passam a proliferar formando um tumor. A massa tumoral não-invasiva, que permanece em seu local de origem é um tumor benigno; em geral, suas consequências não são graves e pode ser tratado com sucesso.                                                                                                                                    Os tumores malignos (ou cânceres) são invasivos: destroem a estrutura normal do órgão de que se originam, invadem estruturas vizinhas e podem emitir células cancerosas para outras regiões do corpo pela corrente sanguínea ou por vasos linfáticos. Se essas células se instalarem em locais fora de sua origem e iniciarem sua proliferação, irão originar as metástases (ou tumores secundários).                                                                                                                                                        Atualmente, muitas formas de câncer podem ser tratadas, por cirurgia, medicamentos (quimioterapia), radiação (radioterapia), anticorpos (imunoterapia) ou por associações desses métodos. Além disso, já se sabe bastante sobre os fatores de risco de desenvolvimento de diversas formas de câncer.

1.    Pesquise as principais causas de câncer no Brasil. Relacione essas causas com os possíveis fatores desencadeantes.

2.    Relacione os determinantes ambientais de câncer com os quais você tem contato frequente, citando as formas adequadas de prevenção.          

Genética: Conceitos Básicos, Primeira Lei e Heredogramas

A Genética é uma área da biologia que estuda os mecanismos da hereditariedade ou herança biológica.                                                                                                                                                                               Para estudar as formas de transmissão das informações genéticas nos indivíduos e populações, existem várias áreas de conhecimento que se relacionam com a genética clássica como a biologia molecular, a ecologia, a evolução e mais recentemente se destaca a genômica, em que se utiliza a bioinformática para o tratamento de dados.

Conceitos Básicos

Conheça os principais conceitos genéticos e entenda sobre cada um deles:

As células haploides (n) possuem apenas um conjunto de cromossomos. Assim, nos animais, as células sexuais ou gametas são haploides. Essas células possuem metade do número de cromossomos da espécie.                                                                                                                                                                                 As células diploides (2n) são aquelas que possuem dois conjuntos de cromossomos, como é o caso do zigoto, que possui um conjunto de cromossomos originários da mãe e um conjunto originário do pai. São células diploides, os neurônios, células da epiderme, dos ossos, entre outras.

Cromossomos

Os cromossomos são encontrados no núcleo da célula

Os cromossomos são sequencias da molécula de DNA, em forma de espiral, que apresentam genes e nucleotídeos. O número de cromossomos varia de uma espécie para outra, é representado por n. Por exemplo, a mosca Drosophila possui 8 cromossomos nas células do corpo e 4 nos gametas. A espécie humana possui um número total de 46 cromossomos nas células diploides e 23 nos gametas.                                                               Cromossomos Homólogos: Cada cromossomo presente no espermatozoide encontrará correspondência nos cromossomos do óvulo. Em outras palavras, os cromossomos de cada gameta são homólogos, uma vez que possuem genes que determinam certa característica, organizados na mesma sequência em cada um deles.

Representação de cromossomos homólogos e a localização (ou lócus gênico) de alguns genes alelos, que determinam características específicas.

 

Genes

Genes são fragmentos de DNA encontrados no núcleo da célula

 

Os genes são esses fragmentos sequenciais do DNA, responsáveis por codificar informações que irão determinar a produção de proteínas que atuarão no desenvolvimento das características de cada ser vivo.                            Eles são considerados a unidade funcional da hereditariedade. Os genes alelos são aqueles que ocupam o mesmo lócus em cromossomos homólogos e estão envolvidos na determinação de um mesmo caráter.                                                                                                                                                                                  Eles são responsáveis pela determinação de certa característica, por exemplo, cor do pelo nos coelhos, possuem variações, determinando características diferentes, por exemplo pelo marrom ou branco. Além disso, ocorrem aos pares, sendo um de origem materna e outro de origem paterna.

Alelos e Alelos Múltiplos

Exemplos de genes alelos

Um alelo é cada uma das várias formas alternativas do mesmo gene que ocupa um lócus no cromossomo e atuam na determinação do mesmo caráter. Os alelos múltiplos ocorrem quando os genes apresentam mais de duas formas alélicas.                                                                                                                                                                  Nesse caso, mais de dois alelos estão presentes na determinação de um caráter.

Homozigotos e Heterozigotos

Exemplos de homozigotos e heterozigotos

 

Os seres homozigotos são aqueles que apresentam pares de genes alelos idênticos (AA/aa), ou seja, possuem genes alelos idênticos. Enquanto isso, os heterozigotos caracterizam os indivíduos que possuem dois genes alelos distintos (Aa).

Genes Dominantes e Recessivos

Quando um indivíduo heterozigótico possui um gene alelo dominante ele se expressa determinando uma certa característica. Os genes dominantes são representados por letras maiúsculas (AA, BB, VV) e expressos fenotipicamente em heterozigose.                                                                                                                                              Quando o gene alelo não se expressa nesse indivíduo, ele é um gene recessivo. Os genes recessivos são representados por letras minúsculas (aa, bb, vv) donde os fenótipos são expressos somente em homozigose.

Fenótipo e Genótipo

Fenótipo e Genótipo

 

O genótipo é o conjunto das informações contidas nos genes, desse modo, irmãos gêmeos têm o mesmo genótipo pois possuem os mesmos genes. Ele representa a constituição genética do indivíduo.                                  Já o fenótipo é a expressão dos genes, ou seja, é o conjunto das características que vemos nos seres vivos, por exemplo, a cor dos olhos, o tipo sanguíneo, a cor das flores de uma planta, a cor do pelo de um gato, entre outras.

Leis de Mendel

As Leis de Mendel são um conjunto de fundamentos que explicam o mecanismo da transmissão hereditária durante as gerações.

Os estudos do monge Gregor Mendel foram a base para explicar os mecanismos de hereditariedade. Ainda hoje, são reconhecidos como uma das maiores descobertas da Biologia. Isso fez com que Mendel fosse considerado o "Pai da Genética".

Experimentos de Mendel

Para conduzir os seus experimentos, Mendel escolheu as ervilhas-de-cheiro (Pisum sativum). Essa planta é de fácil cultivo, realiza autofecundação, possui um curto ciclo reprodutivo e apresenta muita produtividade.

A metodologia de Mendel consistiu em realizar cruzamentos entre diversas linhagens de ervilhas consideradas "puras". A planta era considerada pura por Mendel quando após seis gerações ainda apresentava as mesmas características.                                                     

Após encontrar as linhagens puras, Mendel começou a realizar cruzamentos de polinização cruzada. O procedimento consistia, por exemplo, de retirar pólen de uma planta com semente amarela e depositá-lo sob o estigma de uma planta com sementes verdes.                                              

 As características observadas por Mendel foram sete: cor da flor, posição da flor no caule, cor da semente, textura da semente, forma da vagem, cor da vagem e altura da planta. Ao longo do tempo, Mendel foi realizando diversos tipos de cruzamentos com objetivo de verificar como as características eram herdadas ao longo das gerações.                                                                 

Com isso, ele estabeleceu as suas Leis, que também ficaram conhecidas por Genética Mendeliana.

Leis de Mendel

Primeira Lei de Mendel
        A Primeira Lei de Mendel também recebe o nome de Lei da Segregação dos Fatores ou Monoibridismo.         Ela possui o seguinte enunciado: Cada caráter é determinado por um par de fatores que se separam na formação dos gametas, indo um fator do par para cada gameta, que é, portanto, puro”.                                                Essa Lei determina que cada característica é determinada por dois fatores, que se separam na formação dos gametas.                                                                                                                                                                                Mendel chegou a essa conclusão, quando percebeu que linhagens diferentes, com os diferentes atributos escolhidos, sempre geram sementes puras e sem alterações ao longo das gerações. Ou seja, plantas de sementes amarelas sempre produziam 100% dos seus descendentes com sementes amarelas.                                                            Assim, os descendentes da primeira geração, denominada de geração F1,eram 100% puros. Como todas as sementes geradas eram amarelas, Mendel realizou a autofecundação entre elas. Na nova linhagem, geração F2, surgiram sementes amarelas e verdes, na proporção 3:1 (amarelas: verdes).

Cruzamentos da Primeira Lei de Mendel


Com isso, Mendel concluiu que a cor das sementes era determinada por dois fatores. Um fator era dominante e condiciona sementes amarelas, o outro era recessivo e determina sementes verdes. A Primeira Lei de Mendel se aplica para o estudo de uma única característica. Porém, Mendel ainda estava interessado em saber como ocorria a transmissão de duas ou mais características em simultâneo.

Link das videoaulas:

https://drive.google.com/file/d/1QRDKP494-pbM-_DIeVM_E7-TPQjpPpQz/view?usp=sharing

 https://drive.google.com/file/d/1I-NBA7_bltkJVgX1GDMwqkFOrRBXkaZ3/view?usp=sharing

 https://drive.google.com/file/d/1RxWdFr_JXl8t3EJ_xiInx3JIWSRE9QwC/view?usp=sharing

https://drive.google.com/file/d/1cICTMJ80z9DS9V1dmxziLNm1lpMLPYxX/view?usp=sharing

https://drive.google.com/file/d/1U_yOWmW9O4XHmzeyycCnYRlW2ZdT6E1n/view?usp=sharing

Link das atividades:

 https://forms.gle/grHnTvyKKGN8djHC6

 https://forms.gle/yf63tZNakTvaaWfk8






Terceiro Bimestre

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