segunda-feira, 1 de junho de 2020

Primeiro Bimestre

ESCOLA ESTADUAL “BENEDITO CALIXTO”

NOME:                                                                                                                             SÉRIE:

Prof.ª PAULA - BIOLOGIA                                                               DATA:                        NOTA:

 

1A ATIVIDADE (EAD – 3oAno)

 

Roteiro de estudos dirigidos:

    Realizem a leitura do conteúdo

    As questões podem ser respondidas por vocês em uma cópia salva no Word

    Vocês podem também copiar e responder as questões em uma folha de caderno e fotografar

    O documento ou a foto da atividade realizada deve ser encaminhada para meu e-mail paulaceleghin@prof.educacao.sp.gov.br

    Bons estudos 😉

 

Conteúdo Programático:

·         Principais critérios de classificação, regras de nomenclatura e categorias taxonômicas;

·         Os cinco reinos e suas principais características;

·         Conceito de espécie e processo de especiação;

·         Sistemática e filogenia.

 

Classificação dos Seres Vivos

Objetivo geral: Compreender a importância da classificação dos seres vivos.

Objetivos específicos: Sensibilizar para a necessidade de classificar para organizar; Reconhecer critérios de classificação; Conhecer a classificação científica dos seres vivos.

Conteúdo: Classificação – Categorias taxonômicas.

 

A história revela grandes personagens que se destacaram em seus estudos e observações sobre a classificação biológica. As primeiras tentativas surgiram na Grécia antiga.  Aristóteles (348-323) demonstrou uma visão avançada utilizando critérios como a organização corporal para dividir os seres vivos em grupos. Muitos anos depois, o sueco Karl von Linée (1707-1778), conhecido no Brasil como Lineu, apareceu com ideias que iriam mudar o rumo da ciência moderna. A publicação do seu livro Systema Naturae em 1758, apresentou propostas detalhadas de suas pesquisas:

·         Três reinos: mineral, vegetal e animal;

·         Princípio das categorias taxonômicas;

·         Nomenclatura científica.

A biosfera estende-se desde as mais altas montanhas até os profundos abismos oceânicos, em uma faixa de espessura de cerca de 17 km. Toda essa biodiversidade fascina os pesquisadores. Felizmente, cresce cada vez mais em todo o mundo a consciência da importância da sua manutenção, envolvendo não apenas a área da Biologia, mas também a economia, a religião, a ética, entre outras áreas.

 

Classificando a vida – a espécie como unidade básica

     O cão doméstico é popularmente chamado de dog em inglês, de hunt em alemão e de chien em francês, considerando apenas alguns idiomas, além do português. Mas cientificamente, esse animal tem apenas um nome, que permite seu reconhecimento imediato em qualquer parte do mundo: Canis familiaris.

       O uso de um nome científico para cada espécie constitui uma padronização universal, que evita prováveis confusões geradas pela existência de inúmeros termos populares que diferentes regiões poderiam aplicar a essa espécie.

       A espécie foi adotada como unidade básica de classificação. São considerados da mesma espécie os indivíduos que apresentam grandes semelhanças físicas e fisiológicas e são capazes de cruzar naturalmente uns com os outros, gerando descendentes férteis.

    O maracajá, ou gato-do-mato, encontrado na mata Atlântica, por exemplo, pertence à espécie Leopardus wiedii; o gat-do-mato-pequeno, o menor dos pequenos felinos brasileiros, pertence à espécie Leopardus tigrinus; e a jaguatirica, o maior entre os pequenos felinos silvestres brasileiros, pertence à espécie Leopardus pardalis.

       Todos animais citados, embora sejam de espécies diferentes – já que não são capazes de cruzar-se entre si gerando descendentes férteis -, tem características bastante semelhantes e fazem parte do mesmo gênero: Leopardus. Do mesmo modo, leões (Panthera leo), tigres (Panthera tigris) e onças-pintadas (Panthera onca) são animais pertencentes a espécies diferentes, mas são do mesmo gênero: Panthera.

      Os animais dos gêneros Leopardus e Panthera – assim como os de outros gêneros, como os do gênero Felis (Felis catus, o gato doméstico) e Puma (Puma concolor, a onça-parda) – tem certas características comuns e relativamente próximas; por isso todos eles pertencem à mesma família: Felidae.

       Muitas outras famílias de animais poderiam ser consideradas. A família Canidae, por exemplo, engloba animais como o cão (Canis familiaris) e o lobo (Canis lupus). Os felídeos e os canídeos têm certas características que permitem a essas duas famílias – e outas, como a Ursidae (ursos) e a Hyaenidae (hienas) – se enquadrar na mesma ordem: Carnívora. Mas ordens diferentes podem ser agrupadas em uma classe. Felídeos, canídeos, roedores, primatas e cetáceos, entre outros exemplos, são animais portadores de glândulas mamárias e, por isso, agrupados na classe Mammalia (mamíferos).                                                                                                                              

        Os mamíferos, assim como as aves, os repteis, os anfíbios e os peixes, são animais que apresentam na fase embrionária um eixo de sustentação denominado notocorda. Por isso, esses animais pertencem ao mesmo filo Chordata.                                                                                                                                                

    O filo dos cordados, juntamente com o dos equinodermos (estrela-do-mar), artrópodes (insetos), anelídeos (minhoca) e moluscos (ostra), entre outros, constitui o reino Animalia (reino animal).


Pelo que foi descrito, pode-se concluir que: Várias ESPÉCIES podem se agrupar num mesmo GÊNERO e, vários gêneros numa mesma FAMÍLIA, várias famílias numa mesma ORDEM, várias ordens numa mesma CLASSE, várias classes num mesmo FILO e vários filos num mesmo REINO.

 

QUESTÕES DE REVISÃO

1. Qual o objetivo da classificação biológica dos seres vivos?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 2. Defina o conceito de espécie?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 3. Quais os critérios podem ser utilizados na hora de separar diferentes seres vivos em grupos mais específicos?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 4. Quais as sete principais categorias taxonômicas criadas por Linné (Lineu) e, utilizadas até hoje?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 5. As categorias taxonômicas a que pertencem a onça-parda e a onça-pintada podem ser esquematizadas desta forma:

A análise do esquema permite afirmar que os dois animais estão incluídos na mesma categoria até:

a)    Espécie.

b)    Gênero.

c)    Família.

d)    Ordem.

e)    Classe.

 

    6. No séc. XVIII, Carl von Linné propôs um sistema para classificação de plantas e animais. O sistema apresentado para dar nome aos seres vivos é conhecido como nomenclatura binominal. Nesse sistema, o nome científico de um organismo é composto de duas palavras. O do mico-leão-dourado, por exemplo, é Leontopithecus rosalia. No exemplo citado, as categorias taxonômicas que compõem o nome científico são:

a) Família e ordem.

b) Espécie e família.

c) Classe e espécie.

d) Gênero e espécie.

e) Filo e gênero.

7. Os felinos fazem parte da grande família de mamíferos carnívoros, que vai desde o gato doméstico até o leão, o rei da selva. Habitam todos os continentes, exceto a Antártida e a Oceania. No continente americano, podem ser encontrados diversos representantes desse grupo, entre eles:

Leopardus pardalis    – jaguatirica

Lynx rufus                   – lince-vermelho

Panthera onca            – onça pintada

Leopardus tigrinus      – gato-do-mato

Leopardus wiedii        – gato-maracajá

Lynx canadense         – lince-canadense

O grupo de felinos relacionados compreende:

a) Seis espécies e seis gêneros.

b) Seis espécies e três gêneros.

c) Seis gêneros e uma única família.

d) Seis gêneros e uma mesma espécie.

e) Quatro espécies e uma única ordem.

 

2A ATIVIDADE (EAD – 3oAno)

    Roteiro de estudos dirigidos:

    Realizem a leitura do conteúdo.

    Verifiquem os cadernos e atualizem o conteúdo que estiver pendente. Portanto, para algumas salas, tem matéria nova.

    Antes da atividade tem uma série de links de vídeos sobre o assunto para auxiliá-los.

    As questões podem ser respondidas por vocês em uma cópia salva no Word

    Copiem o cabeçalho de identificação e as questões em um novo documento do Word, salvando no título com seu nome.no.série

    Vocês podem também copiar e responder as questões em uma folha de caderno e fotografar

    O documento ou a foto da atividade realizada deve ser encaminhada para meu e-mail paulaceleghin@prof.educacao.sp.gov.br

    Bons estudos 😉

Regras de nomenclatura

Objetivo geral: Reconhecer as principais regras sobre nomenclatura científica, os critérios de classificação dos seres vivos e o processo de especiação.

Objetivos específicos: Escrever e reconhecer nomes científicos; Reconhecer as categorias taxonômicas utilizadas na classificação dos seres vivos; Caracterizar os cinco reinos; Compreender o processo de especiação diferenciando seus tipos e relacionando com o ambiente.

Conteúdo: Regras de nomenclatura – Os cinco Reinos – Conceito de espécie e diferentes processos de especiação.

Considerando o sistema binominal de nomenclatura, estabelecido por Lineu, que adota a espécie como unidade básica de classificação, devem ser observadas as seguintes regras de nomenclatura:

1.    O nome da espécie deve ser escrito em latim, grifado ou em tipo itálico. É obrigatória a presença de no mínimo, dois termos: o primeiro indica o gênero e o segundo indica a espécie. O termo que indica a espécie deve sempre ser precedido do gênero e não pode ser escrito de forma isolada. Assim, por exemplo, o nome científico da anta é Tapirus terrestres. Pode-se concluir daí que esse animal pertence ao gênero Tapirus e à espécie Tapirus terrestres (e não a espécie terrestris).

2.    A inicial do termo indicativo do gênero deve ser escrita com letra maiúscula; a da espécie com letra minúscula. Exemplo: Phaseolus vulgaris (feijão).

Nos casos em que o nome da espécie se refere a uma pessoa, a inicial pode ser maiúscula ou minúscula. Assim, o nome do microrganismo causador da doença de Chagas pode ser escrito da seguinte maneira: Trypanosoma cruzi ou Trypanosoma Cruzi, uma vez que o termo cruzi se refere ao médico brasileiro Oswaldo Cruz (1879-1934).

3.    Quando se trata de subespécies, o nome indicativo deve ser escrito sempre com inicial minúscula, mesmo quando se refere a pessoas, e depois do nome da espécie. Exemplo: Rhea americana alba (ema branca); Crotalus terrificus terrificus (cascavel).

4.    Nos casos de subgênero, o nome deve ser escrito com inicial maiúscula, entre parênteses e depois do nome do gênero. Exemplo: Anopheles (Nyssurhynchus) darlingi (um tipo de mosquito).

5.    O nome da família deve ser escrito com letra inicial maiúscula e terminar com sufixo idae, no caso dos animais (Felidae, Canidae, Bovidae, Hominidae,etc.). No caso das plantas, o sufixo empregado para designar a família geralmente é aceae (Rosaceae, Papilionaceae,Magnoliaceae, etc.).

 

Os critérios básicos de classificação

            O moderno sistema de classificação, que distribui os seres vivos em cinco grandes reinos – Monera, Protista, Fungi, Plantae (Metaphyta) e Animalia (Metazoa) – foi idealizado por R. H. Whittaker, em 1969. Assim, as espécies conhecidas de seres vivos estão distribuídas em reinos específicos, segundo determinados critérios de classificação. São eles:

·         Tipo de organização celular: define se os seres vivos são procariontes ou eucariontes, isto é, se são destituídos ou possuidores de membrana nuclear, nucléolo e organelas membranosas em suas células;

·         Número de células: considera se os seres são vivos são unicelulares ou pluricelulares;

·         Tipo de nutrição: indica se os organismos são autótrofos ou heterótrofos; esse critério também considera a maneira pela qual os heterótrofos; esse critério também considera a maneira pela qual os heterótrofos obtêm o seu alimento: se por absorção ou por ingestão do material orgânico disponível.

De acordo com o estabelecimento dos critérios de classificação mencionados, o mundo foi dividido nos seguintes reinos:

Reino Monera – Abrange todos os organismos unicelulares e procariontes, representados pelas bactérias e pelas cianobactérias ou cianofíceas, também conhecidas como algas azuis.

Reino Protista – Compreende os organismos unicelulares e eucariontes, como os protozoários e certas algas.

Reino Fungi - Compreende todos os fungos, que podem ser unicelulares ou pluricelulares e são organismos eucariontes e heterótrofos por absorção.

Reino Plantae ou Metaphyta – Abrange os organismos pluricelulares, eucariontes e autótrofos. Nesse reino, também conhecido como reino das plantas, incluem-se as algas pluricelulares, as briófitas (musgos e hepáticas), as pteridófitas (samambaias e avencas), gimnospermas (pinheiros, sequoias) e as angiospermas (ipês, feijões,  limoeiros, etc.).

Reino Animalia ou Metazoa – Compreende os organismos pluricelulares, eucariontes e heterótrofos por ingestão. Esse reino abrange todos os animais, desde os poríferos até os mamíferos.

 

Conceito de espécie.

Foi proposto por Templeton, em 1989. População inclusiva de organismos que possuem o potencial de coesão fenotípica, por todos os mecanismos intrínsecos de coesão, incluindo fluxo gênico, isolamento reprodutivo, seleção estabilizadora, desenvolvimento, fisiologia, ecologia e outros. Tende a ser um conceito eclético, mas difícil de ser detalhado e usado para classificações.   

O surgimento de novas espécies é chamado de especiação. O detalhamento dos possíveis mecanismos do surgimento das novas espécies não foi trabalhado por Darwin. Ele fixou-se na questão da variabilidade gradual (gradualismo) ou abrupta no isolamento geográfico, como cenários do surgimento de novas espécies.

A relação entre extinção e surgimento de novas espécies é o motivo principal da divergência surgida principalmente entre paleontologistas evolucionistas que conceberam as teorias do gradualismo evolutivo e o equilíbrio pontuado

 

Especiação.

Dentro da teoria da síntese moderna, novas espécies podem surgir a partir de mecanismos de redução e interrupção de fluxo gênico entre populações ou subpopulações.

O evento crítico na especiação é a separação de pools genéticos numa população ancestral em novos conjuntos isolados. Após a separação, fatores seletivos condicionam novas frequências gênicas e fenotípicas. Surgem mecanismos de isolamento reprodutivo e o fluxo gênico cessa.

A seguir, especiações alopátrica, peripátrica, simpátrica e parapátrica.

A especiação alopátrica ocorre quando há um isolamento genético a partir da divisão de uma população por barreira física.

Próxima a este tipo de especiação, o tipo peripátrico ocorre quando parte da população migra para outra área isolada. Nesta situação, uma parte menor da população migra para esta outra área isolada, subsequentemente alterando as frequências gênicas. Mecanismos seletivos então impulsionam a especiação. Estas especiações são conhecidas como especiações geográficas e consideradas mecanismos darwinistas típicos. O entendimento clássico de Darwin era que espécies próximas, isoladas mas que vivem na mesma região, sendo simpátricas, dividiram-se alopatricamente no passado.

Especiação por poliploidia é considerada fundamental em gimnospermas e angiospermas.

A especiação simpátrica entre os animais é pouco provável. Populações maiores com fluxo gênico intenso tentem a permanecer em estase evolutiva, de acordo com a teoria do equilíbrio pontuado. Nesta situação novidades genéticas tendem a ser absorvidas pela seleção natural estabilizadora.

A especiação parapátrica é intermediária entre as duas anteriores. Ocorre devido a adaptações em habitats contíguos dentro da mesma área, ou seja, a diferenças de habitat que podem surgir bruscamente ou a migrações.

Decorre do fato de que vários grupos de animais mostram polimorfismos, fenótipos de frequências variáveis ao longo da distribuição da espécie.

Os polimorfismos genéticos podem causar especiação por adaptações exclusivas a habitats diferentes na mesma região, ou, seja, sem barreira geográfica.

O polimorfismo pode favorecer determinado fenótipo também em casos de modificação brusca no ambiente, como no caso dos fatores poluentes.

 

Barreiras ao hibridismo entre espécies: exemplos de híbridos.

Híbridos chamados de mulas.

Uma mula é o indivíduo fêmea resultante do cruzamento de um asno Equus asinus macho com uma égua E. caballus. A fêmea resultante é chamada de mula e o macho de muar. Ambos são estéreis, sendo o caso do macho em situação absoluta. Porque?

Também são possíveis indivíduos filiais resultantes do cruzamento de asnos fêmeas com cavalos, chamados de bardotos que também podem ser machos e fêmeas.

Cavalos e asnos são espécies diferentes de equídeos, portanto, o seu cruzamento produz híbridos. Os cavalos tem 64 cromossomos e os asnos 62, sendo que os híbridos possuem 63 cromossomos.

As barreiras geográficas mencionadas na especiação alopátrica, não conduz necessariamente à barreira reprodutiva, como no caso dos plátanos europeu e americano. São contudo consideradas espécies verdadeiras.

 

Barreiras pré-zigóticas.

As barreiras pré-zigóticas, operam antes da fertilização:

A. Isolamento espacial: as espécies não se encontram (discutir o caso dos cães e lobos, lobos e coiotes).

B. Isolamento temporal: os indivíduos têm períodos reprodutivos diferentes.

C. Isolamento mecânico: as diferenças dos órgãos sexuais são impeditivas;

D. Isolamento gamético: Os espermatozóides de uma especie não aderem-se aos óvulos da outra.

E. Isolamento comportamental: Ocorre rejeição ou não reconhecimento para cópula, como no exemplo dos grilos Laupala  paranga e L. kohalensis.

 

Barreiras pós-zigóticas.

As barreiras pós-zigóticas, operam após a fertilização e previnem a seleção estabilizadora sobre a população de híbridos:

A. Anormalidade zigótica: o zigoto não desenvolve-se corretamente, ocorrendo morte prematura ou adultos inviáveis para cópula.

B. Infertilidade: os híbridos são inférteis o suficiente para que a população de híbridos não se estabeleça. Geralmente os machos são totalmente estéreis como no caso do muar, ou bardoto. Debater.

C. Baixa viabilidade do híbrido. A sobrevivência da população híbrida é menor do que a das espécies parentais, não permitindo o estabelecimento da população. Pode ocorrer o reforço de barreiras pré-zigóticas neste caso.

 

Zonas híbridas.

Caso duas espécies de fato hibridizem e os resultantes sejam férteis, pode ocorrer uma zona híbrida, onde os indivíduos das espécies distintas encontram-se e cruzam. Os híbridos sofrem pressão seletiva e mantém-se restritos e o pouco contato entre os indivíduos previne a evolução dos fatores de reforço.

 

Extinção.  

Extinção é o desaparecimento de uma espécie. Não é um evento raro, ocorrendo junto com a especiação.

Taxas de extinção também variam, podendo aumentar nos eventos chamados de extinção em massa.

Um exemplo é o evento de extinção em massa do Cretáceo-Terciário, quando os dinossauros não em evolução para aves desapareceram.

Outro evento é o do Permiano-Triássico, quando 96% das espécies desapareceram.

Atualmente, as taxas de extinção são 100-1000 vezes superiores à média das taxas de extinção.

Cerca de 30% das espécies atuais podem ser extintas até a metade do século 21.

Quais espécies podem ser citadas como extintas desde o início da expansão da humanidade. Existe comprovação de alguma espécie recentemente extinta?

O tipo de extinção contínuo resulta de mecanismos competitivos e influencia a especiação em função da seleção natural.

As extinções em massa reduzem a biodiversidade e podem ocasionar aumento da taxa de especiação.

 

Sistemática e Filogenia

A Sistemática é o ramo da Biologia que investiga as possíveis relações de parentesco evolutivo entre as espécies. Portanto, é necessário desmistificar a ideia de que classificar  é apenas dar nome aos seres vivos.

A filogenética ou cladística começou a ganhar a preferência dos estudiosos e cientistas  a partir de 1966 e é o sistema de classificação mais aceito atualmente.

As relações filogenéticas entre os grupos de seres vivos podem ser representadas por diagramas na forma de cladogramas ou  árvores filogenéticas .

No exemplo abaixo, as bifurcações A, B e C indicam o processo em que uma espécie ancestral origina novas espécies .

 


As partes que compõem um cladograma: raiz, ramos, nós e terminais, os grupos de seres vivos compõem os terminais nos cladogramas e os ramos que são as linhas do cladograma;

 

 

ANAGÊNESE E CLADOGÊNESE

       Anagênese: processo pelo qual um caráter surge ou se modifica numa população ao longo do tempo, sendo responsável pelas novidades evolutivas.

 Cladogênese: processo responsável pela ruptura da coesão inicial numa população, gerando duas ou mais populações que não mais se comunicam.

 


 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 

Linhares, S., Gewandsznajder, F. Biologia hoje. Volume I,II,III. São Paulo. Ática, 2012.

Amabis, J. M. Biologia. Volume I,II,III. São Paulo. Moderna, 2010

César, da S. J., Sezar, S. Biologia. Volume I, II, III. São Paulo. Saraiva.2009

Pezzi, A. D., Ossowski G., Mattos, N. S. de. Biologia. Volume I,II,III. São Paulo. FTD.2010

Vídeos para auxiliar a compreensão dos conteúdos:

Cinco reinos https://www.youtube.com/watch?v=nfIaTPGJ3i8

 Os cinco reinos e a classificação atual https://www.youtube.com/watch?v=lJpKcCbYlDs

 Taxonomia e a árvore da vida https://www.youtube.com/watch?v=76obkqM8OWA&feature=youtu.be

 Espécies https://www.youtube.com/watch?v=Ztvh2XhvDbI&feature=youtu.be

 Especiação https://www.youtube.com/watch?v=-Txt9fv0rKg&feature=youtu.be

 Biodiversidade e seleção natural https://www.youtube.com/watch?v=Gyt_kVlnxGI&feature=youtu.be

 Compreender e construir árvores filogenéticas https://www.youtube.com/watch?v=0oLQR_SyQjk&feature=youtu.be

 

QUESTÕES DE REVISÃO


1)    Quais os cinco reinos de seres vivos que existem atualmente?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 2)    A divisão dos seres vivos em cinco reinos tem como base o tipo de nutrição e a organização celular dos organismos. Qual outro critério também é considerado nesta classificação?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 3)    Assinale a alternativa que mostra corretamente como são considerados os organismos pertencentes ao Reino Plantae.

a)    Pluricelulares, procarióticos e heterótrofos.

b)    Unicelulares, eucarióticos e heterótrofos.

c)    Pluricelulares, eucarióticos e autótrofos.

d)    Pluricelulares, eucarióticos e heterótrofos.

e)    Unicelulares, procarióticos e autótrofos.

 4) Assinale a alternativa que mostra corretamente como são considerados os organismos pertencentes ao Reino Plantae.

a)    Pluricelulares, procarióticos e heterótrofos.

b)    Unicelulares, eucarióticos e heterótrofos.

c)    Pluricelulares, eucarióticos e autótrofos.

d)    Pluricelulares, eucarióticos e heterótrofos.

e)    Unicelulares, procarióticos e autótrofos.

5) A divisão dos seres vivos em grupos de acordo com suas semelhanças é chamada:

a)    Classificação biológica.

b)    Evolução.

c)    Filogenia.

d)    Nomenclatura binominal.

6) A categoria taxonômica correspondente à primeira palavra do nome científico de um ser vivo é:

a)    Classe.

b)    Filo.

c)    Família.

d)    Gênero.

7) Qual das alternativas a seguir traz escrito corretamente o nome científico de uma espécie de ser vivo?

a)    Canis Familiares.

b)    Homo.

c)    Solanum tuberosum.

d)    Zea mays.

8) Dois organismos que pertencem à mesma ordem também pertencem:

a)    À mesma classe.

b)    À mesma família.

c)    Ao mesmo gênero.

d)    À mesma espécie.

9) As categorias sistemáticas, ou taxas, colocadas ordenadamente, em grau hierárquico, são:

a)    Reino, filo, classe, família, ordem, gênero e espécie.

b)    Reino, classe, filo, ordem, família, gênero e espécie.

c)    Reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.

d)    Reino, classe, filo, família, ordem, gênero e espécie.

e)    Reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.

10) Três populações de insetos, X, Y e Z, habitantes de uma mesma região e pertencentes a uma mesma espécie, foram isoladas geograficamente. Após vários anos, com o desaparecimento da barreira geográfica, verificou-se que o cruzamento dos indivíduos da população X com os da população Y produzia híbridos estéreis. O cruzamento dos indivíduos da população X com os da população Z produzia descendentes férteis, e os da população Y com os da população Z não produziam descendentes. A analise desses resultados permite concluir que:

a)    X, Y e Z continuaram pertencendo à mesma espécie.

b)    X, Y e Z formaram três espécies diferentes.

c)    X e Z tornaram-se espécies diferentes e Y continuou a pertencer à mesma espécie.

d)    X e Z continuaram a pertencer à mesma espécie e Y tornou-se uma espécie diferente.

e)    X e Y continuaram a pertencer a mesma espécie e Z tornou-se uma espécie diferente.

 

3A ATIVIDADE (EAD – 3oAno)

    Roteiro de estudos dirigidos

    Realizem a leitura do conteúdo

    Transcrevam o conteúdo para seus cadernos (pode imprimir e colar)

    Assistam as videoaulas

    Respondam as questões e salvem o novo documento com (nome/n./sala)

    Pode fazer no caderno e mandar as fotos

    O documento ou a foto da atividade realizada deve ser encaminhada para meu e-mail paulaceleghin@prof.educacao.sp.gov.br

    Bons estudos 😉

 

Vírus, um grupo sem reino

 

Objetivo geral: Entender a biologia dos vírus.

Objetivos específicos: Compreender as características dos vírus; Compreender a capacidade de mutação dos vírus; Compreender que os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios; Discutir a questão dos vírus serem considerados seres vivos ou não.

Conteúdo: Características dos vírus.

 

A virologia, ramo da ciência que estuda os vírus, teve seu início apenas no final do séc. XIX. Mesmo antes da descoberta desses seres ultramicroscópicos, já se supunha a sua existência, com o reconhecimento de agentes infecciosos capazes de atravessar filtros que detinham bactérias.

Os vírus, cujo nome vem do latim e significa “veneno” ou “fluido venenoso”, são considerados seres vivos pela maioria dos cientistas. Porém, não estão inseridos em nenhum dos cinco reinos descritos por não apresentarem organização celular.

Os vírus são visíveis apenas ao microscópio eletrônico e constituídos basicamente por uma cápsula de natureza proteica em cujo interior existe apenas um tipo de ácido nucleico: DNA ou RNA. Destituídos de membrana plasmática, hialoplasma, organelas citoplasmáticas e núcleo, esses seres não possuem organização celular. Além disso, não apresentam metabolismo próprio e permanecem inativos quando fora de células vivas, podendo até mesmo formar cristais.

Reproduzem-se apenas no interior de células vivas. Penetrando em uma delas, os vírus se reproduzem em seu interior, utilizando a energia e o equipamento bioquímico da célula hospedeira. Por isso são considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

Atualmente sabe-se que os vírus podem parasitar plantas, animais e microrganismos diversos, como bactérias.

No estudo do ciclo reprodutivo dos vírus, veremos como exemplo os bacteriófagos, vírus parasitas de certas bactérias.


            Os vírus já foram chamados de “inimigos públicos no1” dos seres humanos. Essa afirmação é compreensível, se considerarmos as inúmeras doenças que eles podem provocar no nosso organismo e os grandes danos que causam a agricultura e à pecuária, parasitando plantas cultivadas e animais de criação.

            Apresentam, no entanto, uma elevada especificidade de hospedeiros, que vem sendo pesquisada e utilizada a favor dos interesses humanos. Assim, várias espécies de vírus vêm sendo utilizados no combate de insetos na agricultura (controle biológico) e, em tratamentos genéticos (geneterapia).

 

Reino Monera

 

Objetivo geral: Compreender as principais características dos integrantes do Reino Monera.

Objetivos específicos: Caracterizar os integrantes do Reino Monera; Compreender a sua importância para o meio ambiente; Verificar seus principais tipos de reprodução.

Conteúdo: Características das bactérias – características das cianofíceas – nutrição - reprodução

 

            O Reino Monera compreende todos os organismos unicelulares e procariontes, representados pelas bactérias e cianobactérias, também conhecidas como cianofíceas ou algas azuis.

            As bactérias acham-se distribuídas em todos os ambientes da biosfera e são fundamentais para o equilíbrio biológico dos ecossistemas, não apenas pela grande variedade de espécies, mas também pela diversidade de fenômenos dos quais participam. As cianobactérias vivem sobretudo na água doce e na água salgada, mas também podem ser encontradas em solo úmido, sobre cascas de árvores e até mesmo em fontes termais, geleiras ou colonizando rochas nuas.

Sendo procariontes, os seres do Reino Monera exibem uma estrutura molecular relativamente simples, ao contrário do que ocorre nas células eucariotas, não existe carioteca ou membrana nuclear nas bactérias e cianobactérias. Além de não apresentarem núcleo individualizado, as células desses organismos não possuem organelas membranosas, como o retículo endoplasmático o complexo golgiense, as mitocôndrias e os plastos. Logo, os pigmentos fotossintetizantes, sempre presentes nas cianobactérias e muito raramente nas bactérias, encontram-se dissolvidos no hialoplasma. Tanto as bactérias como as cianobactérias podem apresentar parede celular ou membrana esquelética, uma estrutura resistente associada com a proteção e a sustentação do organismo.

 

A nutrição bacteriana: As bactérias podem ser autótrofas ou heterótrofas. As autótrofas, menos comuns, conseguem sintetizar seu próprio alimento por meio da fotossíntese ou da quimiossíntese. As heterótrofas, muito mais abundantes, são incapazes de produzir seu próprio alimento e precisam recorrer a uma fonte orgânica qualquer para obter energia biológica necessária à manutenção de sua atividade metabólica. A imensa maioria das bactérias heterótrofas vive à custa da decomposição do material orgânico disponível no ambiente. Entretanto algumas espécies de bactérias associam-se a outros seres vivos e deles obtêm seu alimento, estabelecendo interações diversas, como o parasitismo e o mutualismo.

            As bactérias possuem importantes ações. Entre elas podemos destacar: ação decompositora, fertilização do solo, digestão de celulose, emprego industrial, emprego no controle biológico e as de ação patogênica.

            Quanto á morfologia as bactérias classificam-se em:

 

A reprodução das bactérias: O principal tipo de reprodução em bactérias é a reprodução assexuada por divisão simples ou cissiparidade (um indivíduo divide-se originando dois outros geneticamente iguais, supondo ausência de eventuais mutações.


            Outro tipo de reprodução assexuada que se verifica em bactérias, embora menos frequente, é a gemiparidade ou brotamento. Nesse processo, a célula-mãe expele, de forma lenta, uma célula-filha que “brota” originando uma nova bactéria, as células-filhas podem se manter agregadas às células-mães, de maneira que, após sucessivos brotamentos, forma-se uma colônia.

            Em algumas espécies de bactérias pode ocorrer recombinação de material genético. É o caso da conjugação, mecanismo descoberto em cultura conjunta de duas variedades geneticamente diferentes de Escherichia coli. Nesse processo, duas bactérias geneticamente diferentes se unem por meio de pontes citoplasmáticas. Uma delas, a bactéria doadora, injeta parte de seu material genético na outra, a bactéria receptora. Então, as duas bactérias se separam e no interior da bactéria receptora ocorrem recombinações gênicas. Em seguida, essa bactéria reproduz-se assexuadamente originando novas bactérias portadoras de material genético recombinado. Assim, a conjugação pode aumentar a variabilidade genética da população bacteriana.


            Estruturalmente semelhantes às bactérias, pois são unicelulares e procariontes, as cianobactérias, cianofíceas, ou algas azuis, tem uma distribuição consideravelmente ampla; são encontradas na água doce, na água salgada, em solos úmidos e recobrindo superfícies rochosas e troncos de árvores.

            Algumas cianobactérias, como as do gênero Nostoc, são capazes de satisfazer suas exigências de nitrogênio fixando o gás nitrogênio atmosférico, a exemplo das bactérias do gênero Rhizobium. Além disso, sendo clorofilados, realizam fotossíntese. Essas duas características aliadas – capacidade de fixar gás nitrogênio atmosférico e realizar fotossíntese – permitem a proliferação desses organismos em ambientes naturais extremamente áridos, onde outros grupos biológicos normalmente não se desenvolvem.

            As cianobactérias reproduzem-se exclusivamente de maneira assexuada. O método mais frequente é a cissiparidade.


 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 Linhares, S., Gewandsznajder, F. Biologia hoje. Volume I,II,III. São Paulo. Ática, 2012.

Amabis, J. M. Biologia. Volume I,II,III. São Paulo. Moderna, 2010

César, da S. J., Sezar, S. Biologia. Volume I, II, III. São Paulo. Saraiva.2009

Pezzi, A. D., Ossowski G., Mattos, N. S. de. Biologia. Volume I,II,III. São Paulo. FTD.2010

 

Vídeos para auxiliar a compreensão dos conteúdos:

 https://www.youtube.com/watch?v=M6Ho9xbmXAo (Vírus)

 https://www.youtube.com/watch?v=EkshmRC1Fzk (Bactéria)

 

QUESTÕES DE REVISÃO

1. Identifique duas características exclusivas dos vírus.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 2. Por que os vírus são considerados parasitas intracelulares obrigatórios?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 3. Pesquise e cite cinco viroses humanas.

__________________________________________________________________________________.

 4. Todos os vírus:

a) Só se reproduzem no interior de células.

b) São parasitas de vegetais superiores.

c) São patogênicos para o homem.

d) Podem ser observados ao microscópio óptico.

e) São bacteriófagos.

Qual a alternativa correta?________________________________________________________________.

 5. Um estudante escreveu numa prova, que as bactérias possuem material genético no interior do núcleo individualizado, envolvido por membrana. Escreveu também que esses seres, em sua maioria são heterótrofos, mas existem espécies autótrofas. Você concorda com tudo o que escreveu o estudante? Justifique sua resposta.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 6. Qual a importância das bactérias para a reciclagem da matéria na natureza?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 7. Cite e diferencie os tipos morfológicos bacterianos básicos. Qual a principal maneira pela qual esses seres se reproduzem?

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 8. Considere: gripe, paralisia infantil, gonorreia, cólera, tuberculose e febre amarela. Quais dessas doenças podem ser tratadas com antibióticos? Por quê?

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 


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