ESCOLA ESTADUAL “BENEDITO CALIXTO”
NOME: Nº SÉRIE:
Prof.ª PAULA BIOLOGIA DATA: NOTA:
3oBimestre
11A à 17A ATIVIDADES (EAD – 3oAno)
Data:
27/07/2020 até 16/10/2020
★
Roteiro de estudos dirigidos
★
Realizem a leitura dos resumos
★
Transcreva o resumo para os seus cadernos
★
Assistam às videoaulas sobre o assunto
★
Bons estudos 😉
Reino Animalia - Aspectos Gerais
O Reino Animalia
ou Metazoa compreende os seres eucariontes, pluricelulares e heterótrofos por
ingestão.
Noções básicas de
embriologia animal
Embriologia é o ramo das
ciências biológicas que estuda a formação e o desenvolvimento do embrião.
Formação dos
folhetos embrionários: Nos animais, logo após a formação da célula-ovo ou zigoto,
verifica-se a ocorrência de inúmeras divisões celulares mitóticas, processo
chamado de segmentação ou clivagem. Forma-se um maciço celular denominado
mórula, constituído por células chamadas de blastômeros.
Em seguida, enquanto as divisões
celulares vão se processando, a mórula pode ser invadida por um líquido que
promove o deslocamento dos blastômeros para a periferia, como ocorre por
exemplo, na espécie humana. Forma-se assim, a blástula, estrutura que
apresenta dois componentes; uma cavidade denominada blastocele, cheia de
líquido, e uma camada celular denominada blastoderme.
A blástula passa, então, por uma
série de transformações, originando a gástrula. Esse estágio embrionário
caracteriza-se pela formação dos folhetos embrionários. No final do
processo, podem ser reconhecidos dois folhetos embrionários: a ectoderme
e a mesentoderme.
A cavidade delimitada pela
mesentoderme é denominada arquêntero ou intestino primitivo; o orifício
de abertura do arquêntero é chamado de blastóporo.
Em um estágio mais adiantado do
desenvolvimento da gástrula, ocorre o seguinte:
- a
região dorsal passa por um processo de achatamento, formando a placa
neural;
- da placa neural
origina-se o tubo neural, onde se desenvolverá o sistema nervoso;
- ao
mesmo tempo, a mesentoderme se diferencia em mesoderme e endoderme,
configurando a presença de três folhetos embrionários: a ectoderme,
a mesoderme e a endoderme.
A mesoderme - células que forram o
teto do arquêntero - origina:
- os
somitos - bolsas cuja cavidade é chamada de celoma;
- um
eixo de sustentação contínuo, chamado de notocorda.
Classificação dos
animais pelo desenvolvimento embrionário
- Diblásticos e triblásticos: Considera o número de
folhetos embrionários.
Diblástico ou diploblástico:
São os animais que possuem apenas dois folhetos embrionários (ectoderme e
endoderme). Compreendem os poríferos e celenterados.
Triblástico ou tripoblástico:
São os animais portadores de três folhetos embrionários (ectoderme, mesoderme e
endoderme). Compreendem os demais organismos do reino animal: platelmintos,
nematóides, anelídeos, artrópodes, moluscos, equinodermos e cordados.
- Protostômios e deuterostômios: Na fase de gástrula, o
embrião é dotado de uma abertura denominada blastóporo que comunica o
arquêntero com o meio externo. O tipo de abertura originada pelo
blastóporo define a classificação dos animais em:
Protostômios: (do grego proto,
‘primitivo’; stoma, ‘boca’) - Nesses animais, o blastóporo dá origem à
boca. É o caso de platelmintos, nematóides, anelídeos, moluscos e artrópodes.
Deuterostômios: (do grego, deuteros,
‘secundário’; stoma, ‘boca’) - São os animais cujo blastóporo origina o
ânus, ou seja, a boca tem origem secundária surgindo a partir de uma outra
abertura situada na extremidade anterior do intestino primitivo. É o que ocorre
em equinodermos e cordados.
- Acelomados, pseudocelomados e celomados:
O celoma é delimitado pela mesoderme.
Ao longo do desenvolvimento embrionário, a cavidade celomática deve abrigar
órgãos diversos que podem se dobrar sobre si mesmos, fato que determina um
notável aumento em suas superfícies. Em relação ao celoma, os animais
triblásticos são classificados em:
Acelomados: Alguns animais,
como os platelmintos, são acelomados, por que neles a mesoderme preenche
totalmente o espaço entre a ectoderme e a endoderme. Logo, não possuem celoma.
Pseudocelomados: Os
nematóides são os representantes dos pseudocelomados, uma vez que o celoma
deles não é totalmente delimitado pela mesoderme: a cavidade celomática é em
parte delimitada pela mesoderme e em parte pela endoderme.
Celomados: Somente a partir
dos anelídeos os animais são celomados, isto é, dotados de uma cavidade
celomática totalmente revestida pela mesoderme.
- A classificação animal pela temperatura corpórea:
Pecilotermos (exotérmicos)
- ou ainda heterotermos, são animais em que a temperatura do corpo
oscila de acordo com as variações de temperatura do ambiente, já que são
destituídos de um sistema termorregulador eficiente. É o caso dos
invertebrados, dos peixes, dos anfíbios e dos répteis.
Endotérmicos (homeotermos)
- dotados de um sistema termorregulador eficiente, os homeotermos são animais
capazes de manter a temperatura corporal constante, mesmo quando varia a
temperatura ambiental. Seus representantes são as aves e os mamíferos.
A homeotermia requer uma série de
adaptações morfofisiológicas capazes de garantir uma temperatura corpórea compatível
com uma atividade enzimática ótima. Isso permite ao animal um desempenho
metabólico adequado e contínuo, fato que favorece a exploração com grande
eficácia dos recursos disponíveis no ambiente em que vive.
Entre as adaptações
morfofisiológicas requeridas pela homeotermia, destacamos:
- presença
de penas e de pelos;
- presença de tecido
conjuntivo adiposo;
- presença de glândulas
sudoríparas;
- a
ação de vasos sanguíneos periféricos.
Reino Animalia (II): Poríferos, Cnidários, Platelmintos e
Nematelmintos
Poríferos
Os poríferos,
ou esponjas, são animais aquáticos, predominantemente marinhos, sésseis, podem
ou não formar colônias de coloração variável. São pluricelulares, mas não
formam tecidos bem definidos. Suas células exibem certa divisão de trabalho, mas
apresentam baixo grau de interdependência. Não possuem órgãos e são destituídos
de sistemas.
O corpo dos
poríferos é dotado de inúmeros poros, por onde a água penetra até alcançar uma
cavidade central denominado átrio, ou espongiocele. Após a
filtração, a água é expelida por outro poro denominado ósculo.
Externamente,
a parede do corpo é revestida por células epidérmicas achatadas denominadas pinacócitos.
Internamente, a parede é revestida pelos coanócitos, células flageladas
características dos poríferos. O batimento dos flagelos dos coanócitos promove
um fluxo contínuo de água que penetra pelos poros do corpo e alcança o átrio.
Em seguida, os coanócitos efetuam a filtração da água, capturando
microrganismos e partículas alimentares nela presentes. O alimento é então
digerido no interior de vacúolos digestórios. Assim, os poríferos apresentam
digestão intracelular e são, portanto, animais filtradores, que retiram da água
alimento além do gás oxigênio necessário para a respiração celular.
A estrutura
intermediária, entre os pinacócitos e coanócitos é preenchida pelo mesênquima,
estrutura gelatinosa que contém inúmeras células livres, os amebócitos.
Os amebócitos
capturam partículas semidigeridas pelos coanócitos, complementam a digestão
intracelular e promovem a distribuição de nutrientes. Certos tipos de
amebócitos produzem espongina, espículas de carbonatos de cálcio
ou sílica, que se prestam a sustentação do corpo.
A reprodução
dos poríferos pode ser Sexuada, com a união dos gametas e formação do
zigoto que origina uma larva ciliada (anfiblástula). A larva natante sai
do corpo da esponja e depois de algum tempo se fixa a um substrato, originando
uma esponja adulta. A reprodução pode ser também Assexuada, por brotamento
ou gemulação.
As esponjas
possuem um alto poder de regeneração o que demonstra o baixo grau de
interdependência e diferenciação de suas células. Minúsculos fragmentos do
corpo são capazes de originar um indivíduo inteiro.
Cnidários
São animais
aquáticos, predominantemente marinhos, que podem nadar livremente ou viver
fixos no fundo do mar, rios, sozinhos ou formando colônias.
Os integrantes
desse grupo são todos predadores. São animais diblásticos com simetria
geralmente radial, os cnidários compreendem as hidras, as águas-vivas, os
corais, as anêmonas, entre outros exemplos.
O corpo dos
cnidários é dotado de uma única abertura que funciona como boca e ânus. Essa
abertura fica em contato com a cavidade gástrica, estrutura que aparece
pela primeira vez na escala evolutiva animal. Apresentam digestão extra e
intracelular e células nervosas que, em conexão com outras células, determinam
o surgimento de um mecanismo sensitivo-neuromotor que também aparece pela
primeira vez na escala evolutiva dos animais.
As células
características dos cnidários ou celenterados são os cnidócitos.
Trata-se de células epidérmicas modificadas que promovem a defesa do animal e
contribuem para a captura de alimentos.
O cnidócito é dotado de uma cápsula denominada nematocisto, que abre em
seu interior um tubo filamentoso portador de um líquido urticante; contém um
cílio urticante que funciona como um “gatilho”: ao ser estimulado, o nematocisto
dispara o filamento urticante, injetando o veneno no corpo da vítima, que pode
causar-lhe ferimentos ou mesmo a morte.
Em relação à
estrutura, os cnidários abrangem a forma de pólipo: corpo tubular com duas
extremidades, uma fechada e fixa ao substrato e, a outra, contém a boca,
geralmente circundada por tentáculos e, temos as medusas que apresentam
o corpo em forma de guarda-chuva, a boca localiza-se na região central da
superfície côncava e tentáculos pendentes. São móveis e de corpo gelatinoso. O
deslocamento se dá por jato propulsão: contrações do corpo do animal
determinando a rápida expulsão de água acumulada e formando um jato que permite
o deslocamento da medusa no sentido oposto.
Apresentam
reprodução assexuada por brotamento e muitas espécies reproduzem-se por
metagênese, ou alternância de gerações. Nesse caso, a fase assexuada é
representada pela forma medusóide, enquanto a fase assexuada é
representada pela forma poliplóide.
Platelmintos
Os
platelmintos são vermes geralmente achatados dorsiventralmente. Assim, a
superfície do corpo é consideravelmente maior do que o volume, fato que
acarreta evidentes vantagens para o animal na aquisição e distribuição de gases
respiratórios, compensando a ausência de sistemas respiratório e cardiovascular
no grupo.
Podem ter vida
livre e são encontrados na água doce e salgada ou em terra úmida; muitos são
parasitas e causam doenças graves o ser humano e em outros animais.
Na escala
evolutiva animal, são os primeiros animais a apresentar simetria bilateral. Acompanhando
esse tipo de simetria surge um processo de cefalização, em que se
verifica concentração de estruturas sensoriais na cabeça.
Os
platelmintos são animais triblásticos, acelomados com sistema digestório
incompleto, pois é destituído de ânus.
A excreção é
feita por células ciliadas denominadas células-flama ou protonefrídeos.
Entre os
platelmintos existem espécies monóicas e dióicas.
Como exemplos
de platelmintos parasitas que causam prejuízos aos seres humanos nós temos o Schistosoma
mansoni, que causa a esquistossomose ou barriga d’água; e a Taenia
solium e a Taenia saginata, que
causam a teníase e a cisticercose.
Nematóides
Os nematóides
ou nematelmintos, são vermes dotados de corpo cilíndrico e alongado, não
segmentado e afiliado nas extremidades. Esses animais podem vida livre em
ambientes terrestres ou aquáticos, mas muitos deles são parasitas de plantas e
animais diversos, inclusive o ser humano.
Geralmente são
pequenos, mas alguns representantes podem ter um metro de comprimento. O corpo
desses animais é dotado de uma cutícula protetora envolvente de grande
resistência que confere proteção contra o atrito com as partículas do solo, no
caso dos de vida livre, e, também, protege o animal contra agentes químicos
produzidos pelo hospedeiro, no caso dos parasitas.
Embora não
possuam sistemas respiratório e cardiovascular, o sistema digestório é
completo, fato verificado pela primeira vez na escala evolutiva animal.
A reprodução
nos nematóides é sempre sexuada e a maioria deles é dióica. Os ovos são muito
resistentes as adversidades ambientais e as larvas são destituídas de cílios e
flagelos.
Entre os
nematóides que podem parasitar os seres humanos, destacam-se os seguintes: Ascaris
lumbricoides (Ascaridíase), Ancylostoma duodenale (Amarelão), Enterobius
(Oxyurus) vermiculares (Oxiurose) e Wuchereria bancrofti (Elefantíase).
Reino Animalia (III): Anelídeos, Artrópodes, Moluscos e
Equinodermos
Anelídeos
Encontrados
em ambientes terrestre, marinho e dulcícola, os anelídeos são vermes de corpo
cilíndrico, alongado e dividido em anéis (metâmeros).
São
exemplos de anelídeos as minhocas, as sanguessugas e as nereidas.
Possuem
simetria bilateral, são triblásticos e celomados. A cavidade celômica possui um
líquido que atua como veículo de transporte de nutrientes, gases e resíduos do
metabolismo entre o sistema cardiovascular e as células do organismo.
O
corpo dos anelídeos é revestido por um tecido epitelial simples, que secreta
uma cutícula delicada, protegendo o organismo contra a desidratação. A parede
do corpo contém uma musculatura bem desenvolvida e capaz de permitir o
movimento do animal.
Muitos
anelídeos são dotados de cerdas
quitinosas, estruturas existentes na parede do corpo que, expandindo-se e
retraindo-se, conferem respectivamente, aspecto liso e áspero ao animal. A
maioria dos anelídeos tem respiração cutânea, isto é, as trocas gasosas entre o
organismo e o ambiente são efetuadas através da pele. Mas alguns representantes
aquáticos respiram através de brânquias.
Nos
anelídeos surge o sistema cardiovascular ou circulatório, pela primeira vez na
escala evolutiva dos animais. Possuem sistema digestório completo e a excreção
é denominada por estruturas denominadas nefrídeos, que eliminam excretas
através de poros que se abrem na superfície do corpo.
Os
anelídeos se classificam em Poliquetas, Oligoquetas e Aquetas.
Os
poliquetas são animais marinhos, em sua maioria e podem viver livremente,
enterrados na areia ou no interior de tubos calcários que secretam. Os
poliquetas de vida livre são errantes e predadores, com cabeça que exibe órgãos
sensoriais representados por olhos e tentáculos. Em cada anel, esses animais
possuem um par de apêndices denominados parapódios, que são associados à
locomoção, pois é aí que se inserem inúmeras cerdas. Os poliquetas fixos exibem
na cabeça filamentos branquiais que efetuam trocas gasosas e se prestam à
captura de alimentos. São dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento
indireto.
As
oligoquetas, como a minhoca, são animais terrestres ou dulcícolas, com
fecundação externa e desenvolvimento direto, sem produção de larvas. As cerdas,
menos numerosas que nos poliquetas, são curtas e implantadas diretamente em
cada segmento do corpo.
Também
chamados de hirudíneos, os aquetas são destituídos de cerdas e
representados pelas sanguessugas, vermes terrestres ou aquáticos, monóicos e
com desenvolvimento direto. As sanguessugas podem ser predadoras de pequenos
invertebrados ou parasitas. As espécies
parasitas fixam-se no hospedeiro por meio de ventosas. Então, por meio de
pequenos dentes, raspam a pele da vítima, provocando hemorragia e sugando o
sangue liberado. A saliva contém uma substância denominada hirudina, com
ação anticoagulante.
Artrópodes
Os artrópodes são dotados de pernas articuladas,
daí sua denominação. Constituem o mais vasto grupo zoológico, abrigando cerca
de 1 milhão de espécies conhecidas e adaptadas para a vida na terra, no solo,
em água doce e salgada.
Os
artrópodes têm pernas articuladas, com juntas móveis, são triblásticos,
celomados e dotados de simetria bilateral. O corpo desses animais é segmentado
e dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome. Pode ocorrer fusão da cabeça
com o tórax. E, nesse caso, o corpo apresenta-se dividido em cefalotórax
e abdome.
Os
artrópodes são portadores de exoesqueleto que contém quitina. Nos
crustáceos, é comum o exoesqueleto apresentar-se impregnado de sais de cálcio.
Esse exoesqueleto limita o crescimento do animal. Por isso, ocorrem mudas ou
ecdises.
Os
artrópodes apresentam sistema digestório completo e a excreção ocorre por
diversas estruturas, conforme o grupo. Nos insetos, são pelos túbulos de
Malpighi; nas aranhas pelas glândulas coxais; nos crustáceos, pelas glândulas
verdes. A respiração pode ocorrer por meio de brânquias, traquéias ou
pulmotraquéias.
Os
artrópodes são geralmente dióicos, com sexos separados. A fecundação é
geralmente interna e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto.
Compreendem:
·
Insetos: como traça, piolho, mosca,
borboleta, joaninha.
·
Crustáceos: como camarão, siri, lagosta e
cracas.
·
Aracnídeos: como aranha, escorpião,
carrapato.
·
Quilópodes: centopeia, ou lacraia.
·
Diplópodes: embuá, ou piolho-de-cobra.
Moluscos
Os
moluscos compreendem mais de 100 mil espécies que se espalham pelos mais
variados tipos de ambientes. Em sua maioria, vivem no mar, fixos sobre as
rochas (ostras e mariscos), nadando ativamente (polvos e lulas) ou enterrados
na areia (dentálios). Há, porém, algumas espécies dulcícolas, como o caramujo Biomphalaria,
e algumas espécies terrestres, que vivem em locais úmidos (caramujos e lesmas).
São
animais triblásticos e de simetria bilateral. Possuem corpo viscoso, mole e não
segmentado, geralmente envolvido por uma concha calcaria. As lesmas e os polvos
não têm conchas. As lulas apresentam uma concha interna, pequena e
transparente, denominada pena. O corpo de um molusco é constituído de
três partes: cabeça, pé e massa visceral.
Na
maioria dos moluscos a massa visceral é recoberta por uma prega epidérmica
carnosa chamada manto ou pálio, responsável pela produção da
concha calcária. Entre o manto e a massa visceral existe um espaço denominado cavidade
do manto, que desempenha funções respiratórias, abrigando brânquias (nos
moluscos aquáticos) ou pulmões rudimentares (nos caracóis terrestres).
A
boca exibe uma língua provida de dentículos que se prestam a ralar os
alimentos. Essa língua, denominada rádula, constitui uma estrutura
exclusiva dos moluscos, estando ausente apenas na classe Pelecypoda (ostras e
mariscos), que são animais filtradores.
A
respiração pode ser cutânea (lesmas), branquial (mexilhões) ou pulmonar
(caramujos terrestres). O sistema digestório é completo.
A
maioria dos moluscos é dióica e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto.
Equinodermos
Os equinodermos constituem um grupo de animais
exclusivamente marinhos. São animais de vida livra, carnívoros ou detritívoros,
dotados de um endoesqueleto calcário, muitas vezes provido de espinhos
salientes. Entre os equinodermos estão as estrelas-do-mar, os pepinos-do-mar e
os ouriços-do-mar, entre outros exemplos.
São
animais triblásticos e celomados. Suas larvas exibem, primariamente, simetria
bilateral, mas, á medida que vão se transformando, surge, secundariamente a
simetria radial na maioria das formas adultas. Destituídos de cabeça e
desprovidos de segmentação, os equinodermos são geralmente bentônicos.
Uma
das características mais marcantes dos equinodermos é a presença de um complexo
sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema ambulacrário. Esse sistema
relaciona-se com a locomoção, secreção, respiração, circulação e até mesmo com
a percepção do animal.
O
sistema ambulacrário começa com a placa madrepórica, geralmente de
localização dorsal, por onde a água do mar penetra. Em seguida, a água alcança
uma série de canais e, por eles, atinge os pés ambulacrários, que são
cilindros fechados que se estendem para o meio externo através de poros
existentes no esqueleto. Os pés ambulacrários são dotados de paredes musculares
e de ampolas que acumulam líquidos, as variações de pressão do líquido no
sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina com o
deslocamento do animal.
O
sistema digestório é completo. Não há sistema excretor especializado; as
excretas são eliminados do corpo por difusão em qualquer superfície exposta à
água, mesmo através dos pés ambulacrários.
Esses
animais são dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto;
produzem vários tipos de larvas ciliadas.
Reino Animalia (IV): Os Cordados
Cordados
O
filo Chordata (cordados) constitui um grupo zoológico bastante heterogêneo,
abrange animais adaptados à vida na água doce, na água salgada e em ambiente
terrestres.
As
características diferenciais e exclusivas que permitem o enquadramento de um
animal no grupo dos cordados e que estão presentes pelo menos nos primeiros
estágios do desenvolvimento embrionário são:
ü
Notocorda ou corda dorsal – bastão
fibroso que confere sustentação ao corpo, a notocorda é substituída nos
vertebrados, pela espinha dorsal ou coluna vertebral;
ü
Fendas branquiais – pequenos orifícios
encontrados na faringe e que se prestam à filtração de alimentos ou a
respiração, as fendas branquiais permanecem nos protocordados e nos peixes
adultos; nos outros grupos, estão presentes apenas nos embriões, fechando-se no
decorrer do desenvolvimento;
ü
Tubo nervoso dorsal – nos grupos
zoológicos estudados até agora, o sistema nervoso, quando existe, apresenta-se
basicamente como um cordão nervoso duplo, localizado na porção ventral do
animal; nos cordados, o sistema nervoso ocupa posição dorsal e apresenta-se
como um tubo nervoso longitudinal e único.
O filo
Chordata divide-se em três subfilos:
·
Urochordata (urocordados), ou Tunicata
(tunicados);
·
Cephalochordata (cefalocordados);
·
Euchordata (eucordados), ou Vertebrata
(vertebrados).
Protocordados
Os
protocordados constituem um grupo de pequenos animais marinhos e têm certas
características que permitem estabelecer diferenças entre eles e os
vertebrados. Assim, não apresentam crânio, pertencendo, portanto, ao grupo
Acraniata; não têm encéfalo e são destituídos de coluna vertebral.
Subfilo Urochordata – Os
urocordados, ou tunicados, são representados principalmente pelas ascídias,
animais que tem o corpo saculiforme. As ascídias adultas são sésseis e vivem
fixas ao substrato como rochas e conchas. A notocorda é verificada apenas nas
larvas desses animais e reduzida à região caudal.
Subfilo Cephalochordata – Os
cefalocordados são representados pelos anfioxos, animais que tem o corpo
achatado bilateralmente e notocorda bem desenvolvida da cabeça até a cauda,
mesmo na fase adulta. Lembrando um peixe, o anfioxo é capaz de nadar, embora
geralmente permaneça escondido na areia do mar. Esses animais, assim como as
ascídias, são filtradores: retira da água detritos orgânicos que são retidos na
faringe.
¶
Hemicordados: um grupo à parte: Os
hemicordados, como o Balanoglossus gigas, são animais marinhos com o
corpo cilíndrico e vermiforme. Na região anterior do corpo existe uma tromba,
ou probóscide, que permite a escavação de buracos na areia. O tronco é longo e
exibe inúmeras fendas na faringe. Nutrem-se geralmente de detritos orgânicos,
encontrados sob pedras na areia. Os hemicordados já foram classificados como um
subfilo dos cordados. Atualmente, não são considerados cordados e constituem um
filo à parte.
Eucordados
A característica distintiva dos eucordados é a
presença de espinha dorsal, ou coluna vertebral. Os vertebrados possuem também
um esqueleto dotado de caixa craniana, que envolve e protege o encéfalo, massa
nervosa situada na cabeça e integrante do sistema nervoso central – daí o nome Craniata
(craniados) aplicado aos animais desse grupo. O esqueleto pode ser
cartilaginoso ou ósseo.
A
pele dos vertebrados tem epiderme pluriestratificada. A circulação sanguínea é
fechada, sempre com um coração dotado de duas ou mais cavidades, e a excreção
se efetua por rins. Este subfilo se divide em diversas classes. Vamos ver as
principais características delas:
Classe Cyclostomata:
Os ciclostomados são assim chamados por serem portadores de boca circular,
situada na região ventral e anterior do corpo. O corpo é alongado, cilíndrico e
desprovido de escamas. Os animais dessa classe têm dois representantes: a
lampreia e a feiticeira.
Os
ciclostomados são destituídos de mandíbulas e de vertebras típicas. A caixa
craniana e as vertebras são cartilaginosas. Apresentam respiração branquial,
possuindo de seis a catorze pares de brânquias.
Superclasse Pisces:
Animais aquáticos, os peixes têm o corpo geralmente fusiforme e dotado de
nadadeiras, o que constitui uma adaptação para a natação. Contribui também para
a locomoção na água a presença de glândulas mucosas na pele que secretam e
eliminam na sua superfície um muco capaz
de proteger o animal contra certos ectoparasitas e de diminuir o atrito do
corpo com a água. Além disso, os peixes em geral são dotados de musculatura
segmentada no tronco, fato que permite a eles realizar ondulações, favorecendo
a natação.
Os
peixes são gnatostomados, isto é, apresentam mandíbulas. A presença de
mandíbulas contribui para a captura de presas. São pecilotermos, o que
significa que a temperatura do corpo oscila de acordo com as variações de
temperatura do meio. A respiração é branquial – as brânquias são
filamentos delicados, providos de vasos que recolhem o gás oxigênio dissolvido
na água. O coração é dotado de duas câmaras. Nos dois lados do corpo há uma estrutura
sensorial denominada linha lateral que é constituída por uma fileira de
poros que se comunicam com um canal subcutâneo. Neste canal existem células
sensoriais que permitem a percepção de vibrações e de pressão da água, variável
de acordo com a profundidade. Assim, os peixes conseguem não só detectar a
presença de presas ou de predadores, mas também locomover-se na escuridão ou em
águas turvas.
A
superclasse Piscis se divide em duas classes:
ü Chondrichthyes
– peixes cartilaginosos;
ü Osteichthyes
– peixes ósseos.
Representados
por animais como o tubarão e a arraia, os peixes cartilaginosos vivem
principalmente em água salgada. O esqueleto cartilaginoso relativamente leve e
o elevado teor de óleo no fígado contribuem para reduzir a densidade do corpo
desses animais, facilitando a natação. Os peixes cartilaginosos possuem cinco
pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo que permite
a entrada da água que banha as brânquias. Nos peixes cartilaginosos, a boca é
ventral e o intestino termina em uma cloaca, isto é, uma bolsa onde convergem
os dutos finais dos sistemas digestório, urinário e genital; nesses peixes,
contém uma dobra chamada troflosole ou válvula espiral, que
aumenta a superfície de absorção de alimentos.
Os peixes
ósseos constituem o grupo de vertebrados que abriga o maior número de espécies.
Compreendendo inúmeros representantes, como o robalo, a tainha, o dourado, o
pintado, o cavalo-marinho e a manjuba, esses peixes são abundantes tanto em
água doce quanto em água salgada.
Os peixes
ósseos possuem quatro pares de fendas branquiais e não tem espiráculo. Neles,
as brânquias são protegidas por uma placa que fica atrás dos olhos, chamada opérculo.
Nos peixes cartilaginosos, não há opérculo, as brânquias são descobertas. Em
muitas espécies de peixes ósseos existe um saco armazenador de gases, a bexiga
natatória. Essa estrutura, ausente nos peixes cartilaginosos tem função
hidrostática, isto é, promove o ajustamento de densidade do animal de forma que
fique próxima à da água favorecendo a flutuação e contribuindo para a economia
energética.
Nos peixes
ósseos a boca é anterior e o intestino termina no ânus. Não há cloaca.
Os órgãos
locomotores de todos os peixes são as nadadeiras. Nos peixes ósseos elas são
geralmente do tipo homocercas (ramos iguais). Nos cartilaginosos, elas
são heterocercas (ramo dorsal mais desenvolvido).
Classe Amphibia: Compreendem
atualmente representantes como os sapos, as rãs, as cobras-cegas, as pererecas
e as salamandras, entre outros.
Os
anfíbios têm a pele úmida, intensamente vascularizada e pobre em queratina, uma
proteína impermeabilizante. Em virtude da carência de queratina, a pela é
relativamente permeável. Assim, esses animais têm pouca defesa contra a perda
de água para o meio externo e vivem geralmente restritos a ambientes úmidos. A
fecundação é geralmente externa e o desenvolvimento é indireto. Os ovos não têm
casca protetora e acham-se envoltos por cápsulas gelatinosas. Nos sapos e nas
rãs, as larvas são aquáticas e chamadas girinos. Dotados de cauda e
brânquias, os girinos sofrem metamorfose e vão se transformando em adultos que
tem patas e pulmões.
Assim,
enquanto as larvas dos anfíbios têm respiração branquial, as formas adultas
respiram por pulmões rudimentares e pela pele. A respiração cutânea compensa a
baixa superfície pulmonar, contribuindo com um suprimento adequado de gás
oxigênio para o animal. Os anfíbios são animais pecilotermos.
Classe Reptilia: Os
répteis constituem os primeiros vertebrados efetivamente equipados para a vida
terrestre em lugares secos. Compreende os crocodilos, os jacarés, as cobras
e as tartarugas, entre outros
exemplares.
A
pele seca e rica em queratina é uma característica que contribui para a
adaptação dos répteis à vida terrestre, em lugares secos, por protegê-los
contra a excessiva perda de água para o meio externo. A pele, destituída de
glândulas, pode apresentar escamas (cobras), placas dérmicas (jacaré) ou
carapaças (tartaruga). Os répteis são animais pecilotermos, com respiração
exclusivamente pulmonar. Os sexos são geralmente separados. A fecundação –
independente da água – é interna, permitindo que os gametas fiquem protegidos
das influências do meio externo. O desenvolvimento é direto. Os répteis são
geralmente ovíparos, isto é, as fêmeas fecundadas põem ovos e os embriões se
desenvolvem dentro deles e fora do corpo materno. Os ovos são dotados de casca
grossa que os protege contra a
desidratação, o que constitui uma adaptação à vida terrestre.
Os
pulmões dos répteis têm superfície respiratória mais desenvolvida do que a dos
anfíbios. Assim, são mais eficientes para promover as trocas gasosas com o
sangue e dispensam a função da pele como órgão de respiração. O principal excreta nitrogenado é o ácido
úrico.
Classe Aves: As
aves possuem visão e audição aguçadas, que favorecem o acesso a alimentos e o
reconhecimento da espécie, principalmente para o acasalamento. Têm pele seca e
sem glândulas. Os anexos epidérmicos exclusivos do grupo são as penas,
que contribuem para a manutenção da temperatura corpórea e são fundamentais
para o voo. Em dias frios, o eriçamento das penas retém uma camada de ar em
torno da pele, que é aquecida pelo calor liberado pelo próprio corpo. As penas
das aves são mantidas impermeabilizadas à água por uma secreção oleosa produzida
pelas glândulas uropigianas, situadas próximas a cauda. São animais
homeotermos que mantém a temperatura do corpo constante, ao redor de 400C.
As
aves possuem sistema digestório completo
com boca destituída de dentes. A respiração é pulmonar. Os pulmões emitem sacos
aéreos, que armazenam ar e se prolongam pelo interior dos ossos, que, por
isso, são chamados de ossos pneumáticos. Os sacos aéreos e os ossos
pneumáticos aumentam a capacidade respiratória do animal e facilitam o voo,
pois diminuem o peso específico do corpo.
Os
sexos são separados, com fecundação interna, sem larvas. As aves, como a
maioria dos répteis, são animais ovíparos. Apresentam cloaca e não tem bexiga
urinária; a urina, rica em ácido úrico, é eliminada com perdas mínimas de água.
Essas duas adaptações constituem uma adaptação para o voo.
Classe Mammalia: A
principal característica desse grupo é a presença de glândulas mamarias desenvolvidas
nas fêmeas e que produzem o leite destinado
à alimentação dos filhotes.
Os
mamíferos têm a pele rica em queratina e coberta de pelos. Os pelos, anexos
epidérmicos exclusivos dos animais dessa classe, têm a mesma função das penas
nas aves, isto é, contribuem para a manutenção da temperatura corpórea. As
glândulas sebáceas e sudoríparas são exclusivas da pele dos mamíferos.
Os
mamíferos são homeotermos. Contribui para a homeotermia, entre outras
características, a presença de pelos e de glândulas sudoríparas, além do tecido
adiposo rico em gordura sob a pele. A respiração é pulmonar, existindo um músculo
denominado diafragma, que separa o tórax do abdome. Os pulmões são dotados de
grande superfície, garantindo uma eficiente absorção de gás oxigênio e
contribuindo para a alta taxa metabólica verificada nesse grupo.
Os
mamíferos são geralmente animais vivíparos, ou seja, os filhotes se desenvolvem
dentro do corpo materno e dele recebem alimento. Durante o desenvolvimento
embrionário, na maioria dos mamíferos, forma-se a placenta, um anexo
relacionado com a nutrição do embrião e que também promove trocas
respiratórias, elimina excretas e produz hormônios. A viviparidade contribui
para a segurança do embrião em desenvolvimento e facilita o processo de
reprodução, além da conquista das mais diversas formas de hábitat.
Link das videoaulas:
https://drive.google.com/file/d/1JQSYjZDcVGUMRuF0IF2q2kYmJzKTu3Cr/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1TRpFNSQjp-IHdQen1lb5vBPsYuzBHa4Z/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1TTskXaOXG_onpaTtw5STBpUB0g47ek5W/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/12F5Y3ERVLwLzxJGT8X5Ei1aoGXIqx-Lz/view?usp=sharing
Link das atividades:
https://forms.gle/KSbKN5HiTRKiwMQV9
Nenhum comentário:
Postar um comentário